São Paulo (AE) O Banco Itaú anunciou ontem que fechou o balanço de 2005 com lucro líquido de R$ 5,2 bilhões, um resultado 39% maior que o apurado em 2004. A cifra engorda a safra de lucros recordes no setor, como os anunciados na segunda-feira pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal.
O presidente do Banco Itaú, Roberto Setúbal, atribuiu o bom desempenho ao crescimento das operações de crédito, de 27,2% no ano, somando R$ 67,7 bilhões. Entre os principais destaques na área estão a expansão de 31,6% no segmento de pequenas, médias e microempresas e de 57% no segmento de pessoas físicas. Os empréstimos consignados e os acordos do Itaú com redes de varejo como o Pão de Açúcar deram impulso a essas operações no varejo.
Setúbal disse esperar expansão de 20% a 25% na carteira de crédito neste ano. "A tendência de forte crescimento das operações verificada em 2005 deve se repetir neste ano", afirmou. Ele também anunciou que o banco pretende destinar R$ 1 bilhão para o segmento de crédito imobiliário.
Na opinião do executivo, este ano deve ter características de mercado similares às de 2005, com aumento forte na carteira de varejo, que inclui os empréstimos à pessoa física e a pequenas, médias e microempresas. Segundo Setúbal, o mercado de capitais continua bastante ativo e deve se manter como uma fonte importante de financiamento para as grandes empresas. Dessa forma, essas corporações continuarão com pouca demanda por crédito.
O índice de eficiência do banco ficou 50,3% em 2005, uma queda de 3,6 pontos porcentuais em relação a 2004. O número indica a relação entre as receitas (tarifas e prestação de serviços) e os custos. Quanto mentor o porcentual, mais eficiente é o banco. O Itaú também registrou margem financeira gerencial (receitas menos despesas da intermediação financeira, excluídas as provisões) de R$ 13,2 bilhões em 2005. O ganho com serviços e tarifas foi de R$ 7,7 bilhões no ano passado.
O executivo destacou que a perspectiva positiva para a certeira de crédito tem base nas boas projeções para a economia. Segundo ele o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer em torno de 3% em 2006. Ele avalia que o Brasil passará sem turbulências pela eleição presidencial. "O país está em um ritmo de melhoria bastante evidente e não acredito que haverá discussão sobre mudanças macroeconômicas. O novo governo ou o atual, se reeleito, deverá manter as mesmas premissas de hoje", disse. Para Setúbal, esse cenário indica que não haverá desvalorização do real neste ano.
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