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Segundo maior banco brasileiro, o Itaú Unibanco conseguiu manter o lucro em 2009, apesar de um resultado considerado fraco no crédito, principal negócio bancário – a carteira de empréstimos cresceu só 2,4%. O banco encerrou o ano passado com lucro líquido de R$ 10,067 bilhões, resultado praticamente estável em relação aos R$ 10,004 bilhões de 2008.

Assumidamente conservador, o Itaú Unibanco constituiu reservas para lidar com a inadimplência da clientela da ordem de R$ 24 bilhões – suficiente para cobrir 174% das perdas, nas regras do BC.

Em 2009, as despesas para a formação dessas provisões saltaram 45,3% – de R$ 11,286 bilhões para R$ 16,399 bilhões.

Com a redução na inadimplência de 5,9% para 5,6%, do terceiro para o quarto trimestre, o banco diminuiu essas despesas em R$ 652 milhões. O resultado foi um lucro maior, de R$ 3,213 bilhões no quarto trimestre – 41% superior ao do trimestre anterior.

"Estávamos preparados para uma crise muito maior do que veio. Somos brasileiros e vivemos muitas situações de crise no passado. É sempre bom poder operar com prudência", disse Silvio de Carvalho, diretor financeiro do banco.

A rentabilidade do banco, que mede o retorno para o acionista e costuma ser comparada com os juros básicos, estreitou de 24,8% para 22,3%.

Para manter a rentabilidade alta, o banco apostou também nos ganhos com as operações de tesouraria (títulos e ações), serviços bancários, seguros e, no último trimestre, com a nova aceleração na concessão de empréstimos. Do terceiro para o quarto trimestre, a carteira de crédito já havia saltado 3,6% (ritmo anual de 15,2%), contrastando com o desempenho de janeiro a setembro, quando o total de crédito encolhera 1,1%. Para 2010, o banco espera um crescimento de 20%.

Só a tesouraria e as operações com o mercado contribuíram com R$ 5,6 bilhões no ano passado –159% mais do que em 2008. O setor de seguros e previdência trouxe R$ 5,6 bilhões (alta de 5,8%).

As receitas de serviços e tarifas somaram R$ 15,2 bilhões – 1,4% menos do que em 2008, impactado pela queda de 20% nas tarifas pagas pelos correntistas. As receitas com tarifa de cartões subiram 8%.

Marca Unibanco

O Itaú já converteu 50 antigas agências do Unibanco, cuja marca vai desaparecer na rede de varejo, em unidades do Itaú. Com a mudança, os antigos clientes do Unibanco terão de trocar os números de agência e de conta. Segundo Silvio de Carvalho, diretor financeiro do banco, o processo será acelerado agora em março. O trabalho de conversão – fase mais delicada da fusão – deverá ser concluído até dezembro. A migração é feita agência por agência.

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