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São Paulo – Com um lucro líquido de R$ 1,068 bilhão no primeiro semestre do ano, o Unibanco obteve um aumento de 25,1% no seu resultado em relação a igual período de 2005 passado, apesar de atuar com moderação na área de crédito. A rentabilidade também cresceu, atingindo 23,6% sobre o patrimônio líquido médio.

O financiamento ao consumo, que tem impulsionado os lucros do setor, foi limitado no Unibanco, que foi buscar ganhos expandindo os financiamentos às empresas. A carteira das financeiras Fininvest, PontoCred e LuizaCred tiveram expansão de apenas 9,5% no semestre. A desaceleração ocorreu de abril a junho quando esse segmento encolheu 1,7%.

"Em conseqüência do aumento da inadimplência que observamos nas financeiras decidimos restringir a concessão de crédito ao consumidor", disse Geraldo Travaglia, vice-presidente corporativo do banco.

Mesmo assim, o saldo das operações de crédito à pessoa física cresceu 16,4% no semestre, puxado pela área de cartões de crédito que evoluiu 42,9%. Já o saldo das operações de crédito à pessoa jurídica cresceu 21% – a novidade foi a expansão de 22,9% nos financiamentos às micro e pequenas empresas.

"Os bancos estão apostando mais no microcrédito, destinado às empresas menores, pois as grandes estão conseguindo captar recursos no mercado de capitais usando menos o financiamento bancário", observa Edson Carminatti, analista do Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração (Inepad).

Outro indicador da cautela do banco na área de crédito foi o aumento dos provisionamentos. Ao final de junho, o saldo de provisões para perdas totalizava R$ 2,34 bilhões, equivalente a 5,6% da carteira. Em junho do ano passado, esse porcentual era de 4,9%.

Os balanços semestrais já divulgados pelo setor mostram aumento dos provisionamentos para perdas com créditos. No Unibanco as provisões cresceram 76%, no Bradesco, 72%, e no Itaú, o salto foi de 134%. "O Itaú concentrou o crédito na pessoa física e teve de provisionar mais", observa Carminatti.

Daqui para a frente, segundo ele, os bancos devem expandir com moderação suas áreas de crédito. A projeção do Unibanco é de um crescimento de 20% da carteira, neste ano, com mudança do mix entre varejo e atacado, segundo Travaglia.

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