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A Klabin teve receita líquida de R$ 715 milhões no segundo trimestre, valor 3,5% superior ao do trimestre anterior e 7,1% maior que o do mesmo período do ano passado. Influenciado pela desvalorização do dólar, que reduziu o endividamento da empresa, o lucro líquido cresceu 24,8% sobre os três primeiros meses do ano e 111,2% em relação ao segundo trimestre de 2006, atingindo R$ 207 milhões. A margem de lucro Ebitda (antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de 28%, pouco abaixo dos 29% do trimestre anterior e acima da margem obtida em igual período de 2006 (25%).

O mercado considerou "bons" os resultados do balanço trimestral, que de modo geral corresponderam às expectativas da maioria dos analistas. Mas essa avaliação não impediu a forte queda de 6,9% nas ações preferenciais da companhia – que recuaram para R$ 6,20 e tiveram o pior desempenho de ontem entre os papéis que compõem o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo.

Para Marcos Pereira, analista de papel e celulose do Banco Fator Corretora, não houve motivo específico para a forte desvalorização. Segundo ele, os papéis da Klabin foram prejudicados pela queda generalizada da Bolsa, que ontem fechou em baixa de 3,8%. Desde o início do ano, as ações da empresa subiram 18,5% e, nos últimos 12 meses, acumulam valorização de 40%.

Após a divulgação dos resultados da Klabin, o Banco Fator manteve como "atraente" a recomendação para os papéis, sugerindo preço-alvo de R$ 8 até o fim deste ano – o que representaria alta de 29% sobre a cotação atual. Anna Lúcia Queiroz, analista do BB Banco de Investimento, informou que o banco também não deve alterar, no curto prazo, o preço-alvo que estabeleceu para as ações (R$ 8,06). "O balanço não trouxe qualquer desvio que justifique uma mudança", disse a analista.

Operações

A companhia vendeu 377,8 mil toneladas de papéis e cartões no segundo trimestre, com alta de 5,3% sobre os três primeiros meses do ano e de 11% sobre o mesmo período de 2006. A venda de madeira, por sua vez, foi de 584,8 mil toneladas, com quedas de 6,6% e 15,1% nas mesmas comparações.

Em entrevista coletiva, o diretor financeiro Ronald Seckelmann observou que, embora a queda do dólar tenha elevado os lucros da Klabin – metade das dívidas da companhia são atreladas à moeda norte-americana –, a desvalorização pode trazer problemas no futuro.

"No longo prazo, perderemos mais do que estamos ganhando agora, já que nossas exportações deixam de ser competitivas como seriam com outro nível de câmbio", disse Seckelmann. Segundo ele, as exportações representam pouco menos de 40% do volume produzido e 25% da receita líquida da empresa. (FJ)

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