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O presidente afirmou que é necessário estabelecer formas para que o FMI ajude a restabelecer o fluxo de capital para os emergentes | Shannon Stapleton/Reuters
O presidente afirmou que é necessário estabelecer formas para que o FMI ajude a restabelecer o fluxo de capital para os emergentes| Foto: Shannon Stapleton/Reuters

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (16) que a reunião do G 20 tem de ser decisiva. Em entrevista coletiva em Nova York, Lula disse que "o momento é propício para que sejamos mais ousados" e, acrescentou que sabe da gravidade da crise. A próxima reunião de cúpula do G 20 acontece em abril, em Londres.

Segundo o presidente brasileiro, um problema crucial para a economia mundial é a falta do crédito. De acordo com ele, a estatização ou nacionalização de bancos seria uma saída também para os EUA. "Mas sei que (essa sugestão) é como se fosse um palavrão", disse. Outra alternativa, segundo Lula, seria "o Estado assumir a responsabilidade de criar bancos públicos, como os que existem no Brasil".

A questão, continuou Lula, é que "o dinheiro que sai (dos Estados indo para os bancos) tem ido para os EUA para a compra de títulos. É dinheiro que tem saído do mercado, tem dificultado o crédito", afirmou. De acordo com o presidente, o que for feito tem de ter foco em fazer o "dinheiro voltar para o mercado em forma de crédito". "Quando digo que rezo mais para o Obama (presidente do EUA, Barack Obama) do que para mim é que, na verdade, o problema dele é, infinitamente muito maior do que o de outros países".

Durante encontro com o presidente norte-americano, no sábado passado, o presidente Lula disse para Obama prever "qual papel irá assumir no G 20", uma vez que esta reunião tem de ser decisiva. Não temos tempo e o povo não pode esperar", afirmou. "Pode ser a reunião mais dura, com mais divergência, mas temos de tomar decisão".

O presidente afirmou que é necessário estabelecer formas para que o Fundo Monetário Internacional ajude a restabelecer o fluxo de capital para os emergentes e, também, para que o Banco Mundial continue ajudando os países mais pobres do mundo, apesar da crise.

Sobre protecionismo, Lula reconhece que é "correto que cada país esteja preocupado em resolver seu próprio problema", mas disse que tem "visto discursos" protecionistas. (Protecionismo) é um equívoco", ponderou. "Por isso, continuo defendendo a Rodada de Doha, precisamos de mais fluxo de produtos entre os países".

Lula falou que vê a questão de regulação como prioridade "Vou chegar no G 20 com a convicção de que precisamos fixar (uma) regulação. Temos de estabelecer até quanto um banco pode se alavancar para que não se repita o que aconteceu aqui, nos EUA". O presidente reconhece que é possível evitar o tema regulação uma ou duas reuniões, mas assuntos como paraísos fiscais, por exemplo, também não podem ficar fora. Ele pondera que "é por lá que passa o dinheiro do crime organizado" e tráfico de drogas.

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