O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em Helsinque (Finlândia), disse nesta segunda-feira (10) que a crise nos Estados Unidos, provocada pelos créditos imobiliários é um problema daquele país e não do Brasil.

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"Os Estados Unidos precisam resolver a sua crise. É um problema da política econômica dos Estados Unidos, da ganância de alguns fundos de investimento, que compraram títulos de risco imaginando que estavam em um cassino e tiveram prejuízo", afirmou. "Não vamos aceitar que joguem nas nossas costas o prejuízo de um jogo que não jogamos."

Ele também criticou o papel do governo nesta questão. "O sistema de financiamento foi criado pelo governo americano, que vendeu facilidades. Assuma agora as dificuldades".

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O presidente acrescentou que o Brasil tem uma economia sólida, dispõe de US$ 160 bilhões de reservas e até agora tem entrado mais capital do que saído. Ele disse que está torcendo para que os Estados Unidos resolvam esse problema.

"Se o lucro não foi repartido, muito menos queremos repartir o prejuízo", disse Lula, em entrevista ao lado da presidente da Finlândia, Tarja Halonen.

Ele disse que a segurança da economia brasileira deve ser atribuída ao crescimento, por conta do mercado interno. "Não dependemos apenas de exportação".

Álcool

A entrevista à imprensa foi depois do encontro com a presidente da Finlândia, no Palácio Presidencial. Durante o encontro foi assinado protocolo de intenções sobre troca de tecnologia para produção de energia limpa.

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Lula defendeu a produção de etanol, como fonte alternativa de energia, e rebateu as críticas que tem sido feitas de que isso possa prejudicar a produção de alimentos.

Segundo o presidente, a produção de alimentos no Brasil tem crescido exponencialmente e que apenas 1% da terra plantada hoje no Brasil é dedicada à cana-de-açúcar.

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