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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ter certeza de que o Brasil vai conseguir alcançar a meta de crescimento de 4% este ano, apesar de o Produto Interno Bruto (PIB - soma de todas as riquezas produzidas no país) ter registrado expansão de apenas 0,5% no segundo trimestre, como divulgou nessa quinta o IBGE . Numa crítica à oposição, Lula disse que as pessoas precisam parar de torcer para as coisas darem errado.

O presidente argumentou que o crescimento de 0,5% era o resultado apenas do segundo trimestre, e que ainda faltam dois para se possa fechar o desempenho da economia no ano.

- Vi muita gente assustada por causa do segundo trimestre, sendo que ainda faltam dois. As pessoas no Brasil precisam parar de ficar torcendo para as coisas darem errado. Estou muito tranqüilo com as perspectivas de crescimento da economia e da produção industrial do Brasil. Temos convicção de que chegaremos à meta de 4% que nos propusemos - disse Lula, argumentando que o objetivo do governo é estabelecer um ciclo duradouro de crescimento.

Em cerimônia no Palácio do Planalto ao lado de dirigentes da Fiat, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas à Volkswagen, que entregou 1.800 cartas de demissão a seus funcionários em Sãio Bernardo do Campo e deu férias coletivas a outros 21 mil .

Lula disse que a crise na Volkswagen é um problema isolado da montadora alemã, e não da indústria automobilística brasileira como um todo. Ele atribuiu as dificuldades da Volks a um projeto que não deu certo.

O presidente, que já foi sindicalista, disse ainda considerar normal que uma empresa demita trabalhadores quando está produzindo pouco, e que não se pode fazer um cavalo de batalha em torno dessa situação. Para ele, o caminho é o Brasil crescer, gerar mais opções de atividades econômicas e de oportunidades de emprego para os trabalhadores.

- A Volks está dispensando porque teve um projeto que não deu certo. E no mundo do trabalho é assim: quando a empresa está produzindo muito, ela contrata. Quando está produzindo menos, ela descontrata as pessoas. Sempre foi assim, e sempre será. Não podemos fazer disso um cavalo de batalha. Temos setores que são ativados e outros desativados. O que precisamos é ter mais opções para que os trabalhadores possam ter mais opções de emprego - disse.

Lula disse ainda que o fato de a Fiat estar contratando novos funcionários é uma demonstração de que o problema é exclusivo da Volks, e não do setor automobilístico.

- A Volks vai ter que readequar o seu projeto. Vamos ver ainda se fazemos com que a Volks possa ter um produto que possa conquistar o mercado brasileiro e contratar mais trabalhadores do que ela demitiu. Temos que ter em conta também que nos últimos três anos foram contratados quase 30 mil trabalhadores a mais pela indústria automobilística - disse o presidente, que deixou aberta a possibilidade de continuar conversando com a Volks.

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