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Em discurso que lembrou seu tempo de oposição, recheado de ataques à relação que o Brasil teve no passado com o FMI, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu estimativas superiores às da Petrobras sobre o poço de pré-sal de Tupi e previu a geração de mais de 2 milhões de empregos em 2010 no país.

"Somente em Tupi, temos petróleo e reservas iguais à quantidade que a gente tinha antes, 14 bilhões de barris com apenas Tupi", declarou o presidente, ao lado de sua candidata à Presidência, a ministra Dilma Rousseff.

A Petrobras, operadora do bloco onde está Tupi, estimou para a área entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo.

Na véspera, a Petrobras corrigiu Dilma sobre os investimentos programados para 2010. Serão 79,5 bilhões de reais e não os 85 bilhões de reais informados pela pré-candidata do PT no dia anterior.

"Este ano, só em janeiro, foram 181 mil novos empregos com carteira de trabalho assinada", afirmou Lula. No ano passado, foram gerados quase um milhão de empregos com carteira assinada.

"Vou repetir essas coisas porque estamos em ano de campanha", afirmou o presidente em discurso durante cerimônia de inauguração da Termelétrica Euzébio Rocha, da Petrobras, em Cubatão, no litoral paulista.

Segundo Lula, os avanços obtidos com os investimentos realizados pelo Estado, incluindo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), vão permitir que o Brasil gere "mais de 2 milhões de empregos" em 2010, o que seria um novo recorde.

Estado Forte

Falando sobre o FMI e governos anteriores em tom de campanha eleitoral, o presidente disse que o "Brasil foi submetido (no passado) a uma política de ajuste fiscal muito forte, e empresas como a própria Petrobras pararam de fazer investimentos".

"Entramos na era de que os governantes negavam o Estado e diziam que a única solução era privatizar todas as empresas brasileiras... e vários setores foram privatizados, telecomunicações, energia, elétricas, setor siderúrgico... Tentaram privatizar o Banco do Brasil, tentaram mudar o nome da Petrobras, quebraram o monopólio da Petrobras", disse.

Já Dilma, indicou que a falta de planejamento do governo anterior no setor elétrico gerou o apagão entre 2001 e 2002.

A ministra-chefe da Casa Civil disse que a termelétrica inaugurada nesta quarta-feira já tinha tido uma turbina comprada antes mesmo de 2000, mas que o antigo projeto da unidade não foi desenvolvido naquela época porque não existia gás natural e também pela falta de um marco regulatório sobre a comercialização de energia.

"Durante muitos anos, o nosso país tinha parado de investir, de construir termelétricas, pontes... E quando se para de investir, desaprende-se, perde-se o horizonte e a esperança", disse a pré-candidata, lembrando um dos motes da campanha que levou Lula a vencer as eleições em 2002, a esperança.

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