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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs nesta terça-feira a criação de um acordo de livre comércio entre o Mercosul, a África do Sul e a Índia. A proposta foi feita durante a visita do presidente brasileiro à Africa do Sul.

- Esse grupo criará a maior área de livre comércio do mundo. Será um grande espaço econômico do Sul - afirmou Lula em seu discurso de abertura do Fórum de Diálogo entre Índia, Brasil e África do Sul (Ibas), realizado em Pretória.

O presidente também afirmou que uma coordenação maior entre as economias emergentes da África, América Latina e Ásia é o caminho para dar mais voz aos países do Sul "nas questões críticas que dominam a agenda global".

Ele ressaltou que a paz e segurança internacionais só serão possíveis com "soluções duradouras para a pobreza e para um crescimento sustentável". Em seguida, lembra que a cúpula deste ano "se concentrará na questão do crescimento sustentável", com a busca de novas estratégias para cuidar do meio ambiente e combater a mudança climática.

-Tornar mais democrático o acesso a novas fontes de energia é nossa resposta à tendência de alta dos preços da energia e à crescente escassez de combustíveis fósseis - diz Lula.

Brasil, Índia e África do Sul fazem parte do Fórum Internacional de Biocombustíveis. Para Lula, os avanços dos três países em agricultura, comércio, tecnologia e energia devem "se traduzir em iniciativas significativas para a solidariedade Sul-Sul".

Lula citou como exemplo os avanços das indústrias farmacêuticas, que na sua opinião devem ser postas ao serviço dos países vulneráveis a doenças como aids, malária e tuberculose, "particularmente na África".

O presidente disse ainda que o Brasil conseguiu mudar o padrão de negociação na Organização Mundial do Comércio, numa referência a vitória brasileira do algodão nesse organismo.

Na sua rotina e exercício de duros ataques aos países ricos em sua turnê pelo continente africano Lula voltou a criticar as nações desenvolvidas e disse que os países em desenvolvimento têm de estar representados em organismos internacionais, como Conselho de Segurança da ONU, de maneira compatível com sua importância no mundo.

- De pouco vale sermos convidados para a sobremesa no banquete dos poderosos - disse Lula, na residência presidencial do governo.

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