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Equipe que construiu o robô Sapekator, vencedor da competição: esforço trouxe resultado | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Equipe que construiu o robô Sapekator, vencedor da competição: esforço trouxe resultado| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Inteligência

Protótipos agem sem interferência humana

O Sumôbot é dividido em duas categorias: RF e autônomo. O RF é a sigla radiofrequência, um tipo de comunicação utilizada, por exemplo, em controles de portões. Do total de competidores, 20 optaram por competir nessa categoria.

Mas três equipes preferiram disputar com robôs autônomos. Conhecidos como máquinas inteligentes, eles são capazes de realizar tarefas sem a interferência de um humano, identificar informações ao redor e, inclusive, aprender algo novo.

"É a própria máquina que detecta os limites do campo e ‘sente’ a presença do oponente, por exemplo", conta Fernando Felice, coordenador do projeto.

Um projeto autônomo é mais complexo. Além da questão técnica, é preciso conhecimentos em softwares para desenvolvê-lo. "Eles precisam saber inclusive de linguagens de programação", relata Felice. Alguns robôs autônomos são utilizados no espaço, em resgates e até em guerras. Os LARs (Robôs Autônomos Letais, na sigla em inglês) – motivo de preocupação da Organização das Nações Unidas – são exemplos de máquinas inteligentes.

Gritos, aplausos e vaias vindos de uma rodinha de umas 50 pessoas. De longe, parecia uma briga. O que acontecia por ali? Quando se chegava perto era possível ver um "ringue", com 80 centímetros quadrados, e dois robôs lutando ferozmente. Era a 3.ª edição da Sumôbot, evento promovido pelo curso de Engenharia Elétrica da Universidade Posi­tivo, que teve a participação de mais de 100 alunos, divididos em equipes com cinco pessoas.

VÍDEO: Veja um vídeo com a batalha entre os robôs

Cada batalha tem três rodadas, com um tempo total de três minutos. O robô vencedor é aquele que ganha duas partidas, derrubando o adversário do ringue. Para competir em uma Sumôbot, existem certas regras. O robô lutador precisa ter três quilos, comprimento igual ou inferior a 20 centímetros e não pode, de forma alguma, ter dispositivos ativos, como braços que dão marteladas.

"O único movimento permitido é para trás, para frente e para os lados. O mais importante é cumprir as regras", conta o professor e responsável pelo projeto, Fernando Felice, que também foi o juiz da competição. Antes de subir com seus robôs no ringue, os alunos têm seis meses de preparação. Munidos de chave de fenda, chapas metálicas, estiletes, conectores e motores elétricos, eles precisam construir máquinas resistentes, capazes de aguentar as pancadas dos opositores.

"Nossa maior preocupação foi com a proteção frontal e a aderência do pneu, já que o ringue é feito de borracha", conta o estudante Diogo Alexandre Pini, que junto com sua equipe construiu o robô Dumbo, derrotado logo no inicio da competição. Segundo ele, apesar da perda, a competição foi válida. "O projeto estimula o trabalho em equipe e a interação com os colegas."

Time vencedor

O robô vencedor foi o Sapekator. O estudante Edu­ardo Bueno Ferreira, um dos responsáveis pela parte elétrica da máquina, comemorou a vitória. "Foi um sentimento de dever cumprido. Trabalhei em cima de um projeto que deu resultado."

Trabalho em equipe

A estudante Jenifer Novais aprovou a iniciativa: "É interessante porque há conflitos. Em certos momentos a gente não consegue olhar um para cara do outro, por causa do estresse. Isso faz parte do trabalho em equipe".Segundo o professor Felice, os verdadeiros objetivos do projeto são interação e aprendizado. "O Sumôbot estimula uma competição saudável, o espírito de liderança e o trabalho em equipe. Além disso, é uma ótima oportunidade de colocar em prática boa parte do que os alunos aprendem em sala de aula", relata.

A próxima edição da batalha de robôs vai acontecer em junho de 2014. Como é uma atividade extracurricular, os alunos podem ganhar até um ponto a mais na média final.

Curso de engenharia elétrica da UP promove Sumôbot

A 3ª edição do Sumôbot, uma luta de robôs criada pelo professor Fernando Felice, contou com a participação de mais de 100 alunos.

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