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A previsão de que o rebanho nacional de caprinos e ovinos será quatro vezes maior que o atual em duas décadas tornou a reprodução um dos elos mais importantes da cadeia produtiva. As pesquisas científicas nesta área mostram que é possível ampliar a reprodução em um terço simplesmente controlando a luz nos galpões onde os animais dormem. As cabras são expostas a 16 horas de luz por dia no inverno (5 a mais que o normal) e, com isso, o intervalo entre os partos pode ser reduzido de 12 para 8 meses.

O sistema tem resultados parecidos com os obtidos na aplicação de hormônios, disse a especialista no assunto Anneliese Traldi, professora da Universidade de São Paulo (USP) que realizou palestra ontem pela manhã no 1.º Simpósio Sul Brasileiro de Ovinos e Caprinos. Com maior exposição à luz ou através do controle hormonal, os índices de prenhez ficam em torno de 80%, apontou.

De acordo com Anneliese, essas práticas melhoram o aproveitamento do rebanho. "Quem vai produzir leite de cabra tem que produzir o ano inteiro." Com planejamento, o produtor pode controlar quantos animais estarão no cio em cada período, a época das crias e, conseqüentemente, a lactação.

O mercado de filhotes atrai investidores como Roberval Furtado. Ele comprou 23 fêmeas e 2 machos e pretende explorar a genética da raça boer no município da Lapa (Sul). Um filhote de pura origem vale até R$ 1,5 mil, disse. Para formar um rebanho com 25 animais é necessário investimento inicial de R$ 75 mil, considerando o custo de R$ 3 mil por cabeça. (JR)

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