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Mortalidade de empresas quase iguala número de aberturas em 2011

O número de empresas que começaram ou voltaram a funcionar no país foi quase o mesmo do total que encerrou as atividades em 2011, mostram dados da pesquisa "Demografia das Empresas. O levantamento mostra que 871.804 empresas iniciaram a atividade naquele ano ou voltaram a funcionar após um período de interrupção temporária (não superior a dois anos). Outras 864.035 estavam ativas em 2010, mas encerram as suas atividades em 2011.

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Apesar de representarem somente 0,8% das empresas brasileiras e 7,7% das empresas com dez ou mais pessoas assalariadas, as empresas de alto crescimento destacam-se na geração de empregos formais. O pessoal assalariado das empresas consideradas como de alto crescimento no ano de 2011 passou de 1,8 milhão de pessoas, em 2008, para 5,0 milhões, em 2011, o que representou um incremento de 175,5% e 3,2 milhões a mais de pessoas ocupadas. Em 2011, Brasil tinha 4,5 milhões de empresas ativas, das quais apenas 2,2 milhões contavam com pessoal assalariado (cerca de 49,5%), de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o instituto, neste período, o pessoal ocupado assalariado em todas as empresas aumentou 21,1%, passando de 27,0 milhões para 32,7 milhões de pessoas, 5,7 milhões a mais de pessoas ocupadas. Ou seja, as empresas de alto crescimento responderam por 56,2% do pessoal ocupado assalariado gerado a mais pela totalidade das empresas entre 2008 e 2011. Percentuais semelhantes foram observados nas empresas de alto crescimento em iguais períodos de anos anteriores, tendo sido de 58,2% entre 2007 e 2010, 59,6% entre 2006 e 2009 e 57,4% entre 2005 e 2008. Portanto, nos anos analisados, de cada 10 pessoas ocupadas assalariadas adicionais, seis estavam nas empresas de alto crescimento.

O IBGE afirma aponta ainda que o saldo de 3,2 milhões de pessoal ocupado assalariado adicional entre 2008 e 2011 nas empresas de alto crescimento, quatro atividades foram responsáveis por 74,2% ou 2,4 milhões de pessoas: as indústrias de transformação (23,2%), construção (18,0%), atividades administrativas e serviços complementares (17,0%) ecomércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (16,0%).

Em 2011, as empresas de alto crescimento representavam 7,7% das empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas. Elas foram responsáveis por 3,2 milhões (56,2%) do total de 5,7 milhões de novos assalariados no período entre 2008 e 2011. Portanto, de cada 10 pessoas ocupadas assalariadas adicionais, seis estavam nas empresas de alto crescimento, com destaque nos saldos das indústrias de transformação (744,9 mil novos assalariados), construção (578,8 mil) e atividades administrativas e serviços complementares (546,6 mil).

Presença masculina maciça

Por nível de escolaridade, as empresas de alto crescimento ocupavam 90,1% de pessoal assalariado sem nível superior e 9,9% com nível superior, patamar semelhante ao do total das empresas (90,0% e 10,0%, respectivamente). Por sexo, contudo, a participação masculina (67,0%) era mais elevada do que a da totalidade das empresas (63,3%). A diferença salarial entre homens e mulheres era de 22,9% e entre pessoas com e sem nível superior era de 269,1%. O salário médio mensal era R$ 1.638,71, 6,1% abaixo do salário médio das empresas com 10 pessoas assalariadas ou mais (R$ 1.744,97).

As empresas de alto crescimento são aquelas que apresentam crescimento médio do pessoal ocupado assalariado igual ou maior que 20% ao ano, por um período de três anos, e que tinham pelo menos 10 pessoas assalariadas no ano inicial de observação. As empresas de alto crescimento mais novas, com até oito anos no ano de referência, são denominadas "gazelas".

Do total de empresas ativas em 2011, a taxa de sobrevivência foi de 80,8% e a de entrada 19,2%. A taxa de saída foi de 19,0%. Considerando somente as empresas com pessoal assalariado, a taxa de sobrevivência foi de 90,4%, a de entrada 9,6% e a de saída 4,0%, sendo que 97,0% do pessoal assalariado estavam nas empresas sobreviventes e 3,0% nas empresas entrantes.

Em 2011, havia 34.528 empresas de alto crescimento, que ocupavam 5,0 milhões de pessoas assalariadas e pagavam R$ 95,4 bilhões em salários e outras remunerações. O salário médio mensal era de R$ 1.638,71, o equivalente a 3,0 salários mínimos. Em relação ao conjunto das empresas ativas no país, em 2011, elas representavam 0,8% das empresas, ocupavam 13,0% do pessoal ocupado total, 15,4% do pessoal ocupado assalariado e pagavam 14,4% dos salários e outras remunerações.

Considerando somente as empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas, as de alto crescimento representavam 7,7%, 18,2% do pessoal ocupado total, 18,5% do pessoal ocupado assalariado e 16,1% dos salários e outras remunerações. Em termos salariais, essas empresas pagavam valores 6,1% abaixo da média (R$ 1.744,97).

A representatividade dos homens no pessoal assalariado nas empresas de alto crescimento (67,0%) era superior à observada no conjunto das empresas (63,3%), em contraposição a uma participação menor das mulheres, 33,0% e 36,7%, respectivamente. Em relação ao total de salários e outras remunerações pagas no ano, 73,2% foram para os homens e 26,8% para as mulheres. O salário médio mensal era de R$ 1.769,03 e R$ 1.363,69, respectivamente, o que representa uma diferença de 22,9%.

Por nível de escolaridade, 90,1% do pessoal assalariado não tinham nível superior e 9,9% tinham nível superior completo, o que significa um patamar semelhante ao do conjunto das empresas (90,0% e 10,0%, respectivamente). O salário médio mensal do pessoal assalariado sem nível superior foi de R$ 1.292,71 e do pessoal com nível superior R$ 4.770,91, uma diferença de 269,1%.

Taxa de empresas de alto crescimento (7,7%) é a mais baixa da série

Para o ano de 2011, a taxa de empresas de alto crescimento (relação entre o número de empresas de alto crescimento e o total de empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas) foi de 7,7%, a menor dentre os anos analisados. Em 2008, havia sido de 8,3%, enquanto em 2009 e em 2010 havia sido de 7,9%. Esta redução ocorreu porque o número de empresas de alto crescimento aumentou em um ritmo menor (3,6%) do que o conjunto das empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas (5,9%).

No caso das empresas de alto crescimento mais jovens ("gazelas"), 12.915 empresas faziam parte deste grupo em 2011, o que representou uma taxa de 7,1%, também abaixo da observada nos anos anteriores (7,9% em 2008; 7,4% em 2009 e 7,2% em 2010). A taxa de empresas "gazelas" é o percentual de empresas de alto crescimento com até oito anos de funcionamento em relação ao número de empresas com 10 pessoas ocupadas ou mais e até oito anos.

Apesar do número relativamente pequeno de empresas de alto crescimento, 34.528 (0,8% do total de empresas), elas foram responsáveis pela absorção de 5,0 milhões de pessoas assalariadas, o que representava 15,4% do total de 32,7 milhões nas empresas brasileiras. Esta participação, contudo, foi inferior à apresentada em 2008 (16,7%), em 2009 (16,6%) e em 2010 (16,2%). As empresas "gazelas", por sua vez, ocupavam 1,4 milhão de pessoal assalariado em 2011, o que representava 4,2% do total, também em um patamar abaixo do observado nos anos anteriores.

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