O governo do estado resolveu requalificar, no fim do ano passado, a área como de manancial, já que o Rio Pequeno vinha sendo usado pela Sanepar para abastecer Curitiba e cidades da RMC. A partir de agora, o IAP deve adotar uma postura rígida nas autorizações ambientais na área protegida. "A situação do Rio Pequeno é gravíssima", resume Rodrigues. "Foram feitos muitos licenciamentos sem que fossem respeitadas as regras para os mananciais", completa. Para Rodrigues, as empresas que não se adequares terão de sair da bacia.

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Afluente do Rio Iguaçu, o Pequeno só passou a entrar na lista de fonte de água há cerca de quatro anos. "É um rio que contribuiu com o sistema todo e é importante para garantir a qualidade da água", diz a diretora de Meio Ambiente da Sanepar, Maria Arlete Rosa. A bacia protegida pelo decreto estadual está bem conservada, tem mata ciliar em quase todos os trechos e pontos de alagados que ajudam a manter a limpeza da água.

Até o momento, a ocupação industrial e habitacional não prejudicou a qualidade da água. "Após passar a captar no Rio Pequeno, a Sanepar economizou no tratamento", diz o secretário José Tadeu Motta. "A água exige menos cloro do que outros afluentes do Iguaçu." O Rio Pequeno tem a capacidade de contribuir com mil litros de água por segundo, cerca de 13% da demanda da RMC. (GO)

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