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Washington, Brasília e São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que não haverá alta de gasolina em abril. E afirmou que, se houver no futuro essa necessidade, caso o petróleo continue subindo, então o governo poderá reduzir a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) – que incide sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados – para neutralizar o efeito da alta da gasolina.

Mantega voltou a deixar claro que deverá prevalecer a decisão do governo no que se refere a um futuro aumento do combustível. Nesta semana, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, havia dito que a gasolina iria subir, caso os preços do petróleo se estabilizem perto da cotação atual. "Olha, eu sou o presidente do Conselho da Petrobras, ministro da Fazenda e acionista majoritário da Petrobras. E sigo orientação direta da presidenta da República. Portanto, posso afirmar que em abril a gasolina não vai subir. Se persistir o aumento do petróleo, aí nós vamos estudar o caso, ver o que fazer."

Cofres

Mas a decisão de reduzir a Cide depende também do efeito da medida para os cofres públicos. Isso porque, além da inflação, a equipe econômica tem em seu radar a preocupação com a área fiscal. "Temos que pesar uma redução da Cide na arrecadação. O desempenho fiscal da União neste ano também será importante no esforço de domar a inflação", afirmou um integrante da equipe econômica. Em 2008, por exemplo, por causa da alta do petróleo e da inflação, o corte da Cide resultou numa renúncia fiscal de R$ 3 bilhões. Para se ter ideia do que isto significaria este ano, o Ministério da Integração tem orçamento de R$ 2,8 bilhões, ao passo que a pasta da Justiça garantiu um total de R$ 3,2 bilhões.

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