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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira (30) que o Brasil tem possibilidades de voltar a ter um crescimento econômico a uma taxa média anual de 4%, a partir de 2014. Para ele, o bom desempenho previsto poderá vir de um incremento das exportações à medida que começam a surgir sinais de retomada do crescimento da economia internacional.

Em entrevista, na sede regional do Banco do Brasil, na capital paulista, Mantega fez uma análise dos resultados do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cresceu 1,5% em relação ao trimestre anterior. "Esse crescimento, anualizando, representa como se a economia tivessse crescendo a uma velocidade de 6%", avaliou. O ministro classificou o desempenho do PIB como bom.

Na avaliação dele, em 2013 o país fechará com crescimento moderado. "Nossa trajetória é de um crescimento moderado até o final do ano, mas 2014 tende a ser mais promissor", apontou Mantega citando os resultados que começam a surgir no cenário internacional.

Ele citou, por exemplo, a retomada da economia nos Estados Unidos, União Europeia e demais mercados que são consumidores de produtos brasileiros como os parceiros do Brasil no grupo dos Brics, como Índia, Rússia e China. "Estamos na rota da recuperação econômica, com redução da taxa de juros se traduzindo e um dinamismo melhor" ressaltou.

País continua a perseguir resultado fiscal, diz Mantega

O ministro da Fazendo, Guido Mantega, reiterou que o governo continuará perseguindo bons resultados fiscais, durante entrevista coletiva em que comentou, em São Paulo, o desempenho do PIB no segundo trimestre. Questionado se o governo pretende conceder mais desonerações, o ministro disse que já foi feito um volume elevado de estímulos tributários e associou, inclusive, o bom desempenho da economia a essas medidas. A recuperação de desonerações, explicou, se dá algum tempo depois dessas medidas entrarem em vigor, por meio de maior crescimento e arrecadação.

Apesar do resultado acima do esperado do PIB no segundo trimestre (+1,5%), o governo não fará uma revisão da taxa de crescimento. "Vamos aguardar. Vamos deixar as previsões para institutos de pesquisa", disse.

Ele afirmou ainda que o cenário internacional está "um pouco melhor", o que pode indicar que o comércio internacional vai se expandir. "O pior passou, o fundo do poço foi superado", disse, em referência "ao mundo como um todo". "Não estou dizendo que teremos crescimento acima de 1,5%. Estou dizendo que a trajetória é de crescimento na economia brasileira", reforçou, dizendo em seguida que o País vai voltar para o patamar de crescimento médio em torno de 4% a partir do próximo ano.

Sobre o fato de o resultado do PIB ter superado as previsões do mercado, o ministro afirmou que "talvez (os analistas) tenham se equivocado para menor", "talvez estivessem mais pessimistas", influenciados pela falta de confiança. "Com esse resultado acredito que possamos ter uma recomposição da confiança mostrando, sim, que a economia brasileira é eficiente é dinâmica", afirmou.

Câmbio

Repetindo afirmações da presidente Dilma Rousseff nesta semana, a respeito da desvalorização do real, Mantega disse que "temos muita bala na agulha, muitos instrumentos que poderão moderar essa mudança de câmbio", sem citar quais seriam os instrumentos. "Não é fuga de dólares que está acontecendo", assegurou ele. "Temos um país mais sólido, com mais reservas, déficit de transações correntes menor", comentou.

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