A economia brasileira não tem medo de crescer, declarou nesta quarta-feira (14) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante audiência pública na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Dívida Pública, no Congresso Nacional.

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"Também sonho crescer como a China [cerca de 10% ao ano]. Porém, temos de ir devagar para não atropelar um crescimento sustentado. A virtude do nosso crescimento é que é equilibrado. Se crescêssemos a 10% ou 11%, geraríamos desequilíbrios. Entre 5% e 5,5% é um patamar satisfatório para a economia", acrescentou o ministro.

Ele disse também que o Brasil teve, antes da crise financeira internacional, o maior ciclo de expansão da economia dos últimos 30 anos.

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Em clima de campanha, Mantega aproveitou para fazer comparações entre a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e governos anteriores.

No passado, segundo ele, a economia podia até ter estabilidade, mas sem crescimento econômico forte. "Nossa marca não é estabilidade, é um crescimento forte e robusto da economia, mantendo a estabilidade fiscal e monetária".

"Podemos aumentar [o crescimento] e nos aproximarmos de outros países. Avançamos muito, mas muito ainda temos por fazer. A pobreza ainda é quase 8% da população. Antes, era 17%. Reduzimos muito, mas ainda temos de reduzir mais", disse ele.

O ministro afirmou também que o salário mínimo permite quase a aquisição de duas cestas básicas. "É o maior salário mínimo de todos os tempos", disse Mantega.

Sobre a carga tributária, Mantega admitiu que ela é elevada no Brasil, mas acresentou que ela foi aumentada, sobretudo, no governo anterior [Fernando Henrique Cardoso] por meio do elevação de impostos.

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"Na nossa administração, houve redução da tributação. Embora a carga arrecadada tenha sido maior, isso se deveu à formalização da economia e ao crescimento maior", concluiu.

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