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Brasília – Após afirmar que o Banco Central precisa cumprir exatamente o centro da meta de inflação, de 4,5%, o ministro Guido Mantega, da Fazenda, recuou e disse que foi mal interpretado. "Eu não sou favorável ao aumento da inflação. É uma conquista da sociedade. Essa conquista deve ser mantida. O ideal seria a inflação da Suíça, de 1%, e o crescimento da China [cerca de 10% no ano passado]", disse, ontem, ao sair do Ministério da Fazenda.

Na terça-feira, em audiência pública no Senado Federal, o ministro havia afirmado que "o BC tem, sim, de cumprir o centro da meta de 4,5%".

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador do sistema de metas, ficou em 3,14% – dentro da margem de tolerância de dois pontos para cima ou para baixo. Um dos motivos para o centro da meta não ter sido atingido foi a taxa de juros em um patamar elevado, que inibiu o crescimento. Hoje, a Selic está em 12,75% ao ano.

Mudança de discurso

Para o ministro, a declaração dada por ele na terça foi deturpada pela imprensa, porque ele não defende inflação maior. Na terça, ele disse que o crescimento da economia e uma estabilidade ou pequena desvalorização do real frente ao dólar permitiriam ao BC "nos entregar, tranqüilamente, algo como 4,5%, 5% de inflação". O valor desejado por Mantega está acima da previsão média dos analistas de mercado, que é de 3,87%.

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