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Mais nova fabricante de implementos rodoviários do Paraná, a Rodo Linea, instalada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), aproveita ao máximo o bom momento do mercado nacional. Fundada em 2004, em plena euforia do agronegócio, a companhia teve de atuar com toda a cautela nos dois anos seguintes, nos quais o mercado recuou 7% em relação ao recorde de 2004. A receita foi crescer devagar, para manter a rentabilidade.

Com a forte retomada das vendas de implementos, a empresa está investindo em maquinário de alta tecnologia e treinamento dos novos funcionários – o número de empregados, que era de 150 no fim do ano passado, duplicou desde então.

"Hoje produzimos de 130 a 140 implementos por mês. Queremos multiplicar esse número por três", conta o gerente de vendas da Rodo Linea, Fernando Real. "O mercado está extremamente competitivo, a demanda está muito alta. Hoje não entregamos nenhuma encomenda antes de 45 dias."

Real diz que os implementos para o setor canavieiro são os mais procurados – tanto que os produtos desse tipo são os únicos da fábrica produzidos em dois turnos, enquanto os demais têm apenas um turno diário. "Só entregamos canavieiros a partir de março. Já temos encomendas até lá", revela o gerente.

Segundo ele, a recuperação do agronegócio voltou a estimular as vendas de graneleiros e o aquecimento da construção civil motivou a empresa a desenvolver uma caçamba basculante, que deve ser lançada em 2008. Também no ano que vem, a empresa deve lançar um semi-reboque tanque, e passará a atender a todos os nichos do mercado.

Assim como as concorrentes, a Rodo Linea está concentrando sua atuação no mercado interno. Mas não deixou as exportações de lado. Entre 5% e 8% da produção vai para fora do país, proporção que deve se manter enquanto o dólar permanecer no atual patamar.

"O câmbio não ajuda, mas temos feito sacrifícios para atender, com rentabilidade, ao mercado externo, que também está muito aquecido", diz Real. "Já vendemos para vários países da América Latina, e no mês passado fechamos nossos primeiros contratos com a África."

Concorrente

Instalada em Sarandi, no Norte do Paraná, a Noma é a maior e mais antiga empresa paranaense do setor de implementos, e oscila entre o terceiro e o quarto lugar no ranking nacional de fabricantes, com mais de 10% do mercado. Por concentrar sua atuação na área de graneleiros, a empresa foi uma das mais prejudicadas pela crise do agronegócio, entre 2005 e 2006.

Reduziu o quadro de 820 para 700 funcionários e viu suas receitas caírem 20% no período. Procurada pela reportagem, a companhia não respondeu aos pedidos de entrevista.

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