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Maringá – Segundo maior pólo de confecções do país, atrás apenas de Americana (SP), o Noroeste do Paraná quer unir forçar para superar a crise com a baixa do dólar e a queda das vendas. Os prefeitos Sílvio Barros (PP), de Maringá, e Edno Guimarães (PMDB), de Cianorte, se reúnem freqüentemente para definir ações em conjunto e fortalecer o setor do vestuário como um pólo regional. "Queremos atrair compradores que visitem as duas cidades", afirma Guimarães. Barros concorda e diz que é importante que os dois municípios não disputem o mesmo mercado.

O movimento nas lojas de Cianorte caiu 40% este ano. "A gente tem feito das tripas coração", diz Guimarães. Já em Maringá, a Associação Comercial e Empresarial (Acim) estima uma queda acima de 10% nas vendas do comércio. Segundo a associação, R$ 500 milhões deixaram de circular na região este ano devido à quebra na lavoura. Mas todos esperam uma situação melhor no fim do ano.

Empreendedorismo

A crise não assusta a empresária Santina Morezzi da Silva, 36 anos. Ela abriu a loja Ponto Mix há um mês em Cianorte e empregou quatro pessoas. O investimento nas instalações e estoque foi de R$ 250 mil e mais R$ 1,5 mil em mídia. "Realizei um sonho de dez anos. A gente tem de acreditar que vai melhorar", diz a dona da loja que trabalha com um público jovem da classe B.

A prefeitura de Cianorte também prepara um portal no formato de uma máquina de costura, que será construído na entrada da cidade, e um centro de eventos. O primeiro vai custar R$ 380 mil e já tem R$ 200 mil liberados pelo governo federal. O restante será bancado pela prefeitura. As obras começam no fim do ano. Já o centro de eventos terá uma área de 3,6 mil metros quadrados e custará R$ 400 mil. As obras começam em 2006.

Mão-de-obra

Em Maringá, a iniciativa mais recente tem cunho social e de formação de mão-de-obra. Uma parceria entre a Secretaria de Indústria e Comércio, o Senai, o Sindicato das Indústrias do Vestuário (Sindvest) e a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social (SETP) criou um centro de treinamento. A primeira turma começou as aulas no início do mês. São 18 pessoas que estavam desempregadas e recebem aulas de Operador de Máquinas de Costura. "O mercado está difícil", lamenta a aluna Juraci de Paula Rossi, 46 anos. Ela é casada, tem um filho, está desempregada há três anos e espera que o curso a ajude a conseguir um emprego. Já a dona de casa Rita de Cássia Silva, 35 anos, resolveu ajudar o marido, que está desempregado há um ano. Ela tem dois filhos e está aprendendo a costurar.

Outra iniciativa para aquecer o setor é da Associação dos Shoppings Atacadistas de Cianorte (Asamoda), que anunciou a contratação de mais agentes para divulgação em outros estados. A Asamoda foi criada em 2000, têm mais de 300 filiados atacadistas e oferece benefícios como transporte de clientes e garantia de pagamento dos cheques.

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