O dólar fechou em alta pelo terceiro pregão consecutivo nesta quarta-feira (3) com investidores se protegendo nos mercados derivativos em função do derretimento dos preços das matérias primas, ou commodities, no cenário internacional.

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A moeda norte-americana subiu 0,90%, a R$ 1,678, maior nível de fechamento desde 9 de maio. Nas três primeiras sessões do mês, a divisa já acumula alta de 2,82%.

"É a bolha das commodities que furou e o pessoal está cobrindo posições vendidas (nos mercados futuros de dólar)", afirmou um membro do departamento de câmbio da corretora Concórdia, explicando que com a forte deterioração dos preços das commodities, os investidores estão se desfazendo da aposta que tinham na queda do dólar. O índice Reuters-Jeffries de commodities recuava 0,50%.

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Segundo os últimos dados divulgados pela Bolsa de Mercadorias & Futuros, referentes a 2 de setembro, os investidores estrangeiros possuíam o equivalente a quase US$ 2 bilhões em posição vendida frente aos mais de US$ 4,5 bilhões na véspera.

Mais influências

Para Mario Battistel, gerente da Fair Corretora, a valorização do dólar nesta quarta-feira foi amplificada pelo fraco desempenho da Bolsa de Valores de São Paulo. Pouco antes do fechamento, o principal índice da Bovespa perdia 2,1%.

Battistel lembrou ainda que o mercado doméstico também continua seguindo o cenário externo. "O dólar continua se valorizando frente as principais moedas globais." A moeda norte-americana atingia o maior patamar em 11 meses frente a uma cesta com as seis principais moedas internacionais.

A corretora Concórdia analisa de forma semelhante e ressalta que o fluxo de saída desta sessão está bastante "pesado" principalmente se comparado aos últimos dias, quando o mercado operou com um volume de negócios abaixo da média.

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"A história é a mesma (dos últimos dias), mas ela foi mais exagerada hoje, trazendo um pouco de pânico", finalizou o funcionário da corretora, completando que qualquer notícia mexe no mercado, quando este "está sensível".

No meio da sessão, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista. A autoridade monetária definiu a taxa de corte a R$ 1,6705 real, e aceitou, segundo operadores, ao menos duas propostas.