As fortes perdas das bolsas de valores repercutiram sobre o mercado de câmbio e o dólar registrou nesta terça-feira a maior alta do mês, mesmo com a contínua entrada de divisas no país.
A moeda norte-americana subiu 0,98 por cento, para 1,861 real, mas ainda acumula queda de 3,58 por cento em julho. Na véspera, o dólar fechou no menor patamar desde setembro de 2000, a 1,843 real.
"É o cenário externo, de modo geral, que hoje não está tão favorável... O ingresso (de divisas) tão forte era para levar o dólar mais perto de 1,80 (real), se o cenário estivesse otimista", disse Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK Corretora.
Segundo Miriam, a queda da moeda norte-americana nas últimas semanas abriu espaço para uma recuperação da taxa nesta sessão.
"O dólar caiu bastante ontem, e (ainda) tem a tendência de queda. Mas, quando vai atingindo patamares menores, os compradores entram e os exportadores ficam um pouco mais quietos. Então, qualquer sinalização externa justifica essa cautela diante do preço considerado muito baixo", acrescentou.
Os principais índices acionários nos Estados Unidos e na Europa registravam forte queda nesta terça-feira, em meio à persistente preocupação sobre o impacto dos problemas no setor de crédito imobiliário de risco. Resultados mais fracos que o esperado de empresas norte-americanas também contribuíram para o pessimismo dos investidores.
Nos últimos dias, o mercado tem acompanhado de perto as notícias corporativas, e o índice Dow Jones chegou a fechar acima da marca histórica de 14 mil pontos na semana passada com lucros melhores que o previsto de algumas empresas.
Perto do encerramento desta terça-feira, o dólar chegou a subir 1,14 por cento.
O leilão de compra de dólares no mercado à vista feito pelo Banco Central também contribuiu para a alta da moeda norte-americana. A autoridade monetária definiu corte a 1,8581 real na operação e, segundo operadores, aceitou ao menos 11 propostas.
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