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O diretor das negociações da Rodada de Doha, da Organização Mundial do Comércio (OMC), a respeito das questões agrícolas adiará para o final de novembro a divulgação de um relatório avaliando um projeto de acordo para a área, afirmaram diplomatas na sexta-feira.

O embaixador da Nova Zelândia junto à OMC, Crawford Falconer, planejava divulgar a revisão de um projeto de acordo sobre o setor agrícola - considerado a chave para um acordo amplo de liberalização do comércio - na metade deste mês, mas precisa de mais tempo para aproximar os países ricos dos pobres, disseram.

O adiamento permitirá também que Falconer leve em consideração o resultado de um encontro do G20, que reúne países em desenvolvimento, e foi convocado pelo Brasil para 15 de novembro, em Genebra.

As negociações sobre as questões agrícolas esbarraram em dificuldades quando passaram a tratar do acesso aos mercados - em especial, de como os países conseguirão proteger os produtores de mercadorias politicamente delicadas.

O atraso dará a um grupo de países desenvolvidos mais uma semana para fornecer dados a Falconer sobre padrões de consumo, o que poderia determinar quais produtos devem ser considerados delicados e como regulamentá-los.

Falconer se reunirá então com os negociadores na semana de 12 de novembro. E pretende divulgar o texto revisado, incorporando os dados e as opiniões dos negociadores, até o final do mês.

"Trata-se de um atraso por motivos positivos", afirmou uma autoridade norte-americana do setor comercial.

Desde que as arrastadas negociações foram retomadas em setembro, em meio a um clima de ansiedade, os diplomatas da área comercial disseram que a agricultura oferecia as melhores chances de obterem um avanço inicial.

E Falconer pretendia divulgar, no começo ou na metade de novembro, uma revisão do texto que elaborou em julho.

Um acordo a respeito das linhas gerais de um tratado sobre a agricultura permitiria que os negociadores, então, passassem a abordar os textos sobre a liberalização dos setores industrial e de serviços. O processo iniciou-se seis anos atrás com o objetivo de abrir o comércio mundial.

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