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Os médicos que atendem por planos de saúde no Paraná adiaram para 7 de novembro o início de uma paralisação no atendimento - possibilidade que vem sendo discutida desde setembro. A nova data é o limite para que 67 empresas responsáveis pelos planos de saúde, notificadas pela Associação Médica do Paraná (AMP), apresentem novas propostas sobre as reivindicações dos médicos. A decisão foi tomada em assembleia da AMP, na noite desta terça-feira (23). A classe trabalhista recuou da decisão de paralisar as atividades por 15 dias a partir desta quarta (24) porque a Assembleia Legislativa do Paraná criou, a partir de uma sugestão da Comissão de Defesa do Consumidor, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para a investigar os planos de saúde do estado.

Na nova assembleia entre os médicos, com data marcada para o dia 7 de novembro, a intenção é formular uma lista em que constem que empresas de planos de saúde serão atendidas. As que não atenderem às reivindicações dos médicos deixarão de fazer parte da relação dos conveniados atendidos, segundo informações repassadas pela assessoria de imprensa da AMP.

A categoria pede que os valores repassados pelas operadoras sejam maiores do que a atual média, de R$ 42 por consulta. A reivindicação é R$ 100, embora planos de saúde da Copel e Sanepar já tenham fechado acordo de repasse que fixou o valor em R$ 80 por consulta e reajuste anual pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

As mudanças nos contratos feitos entre médicos e operadoras também fazem parte da pauta de reivindicação. Atualmente, segundo a AMB, não há prazo nos contratos, o que impede a negociação dos médicos na renovação dos mesmos. Outro alvo de reclamações é a falta de um índice de reajuste no valor das consultas, o que deixaria os valores defasados pela inflação em alguns casos.

Sinalização de paralisação acontece desde setembro

Desde setembro, os médicos prometem uma paralisação de 15 dias no atendimento de clientes de planos de saúde. Durante o período, as pessoas precisariam pagar pelas consultas ou então reagendar o horário para um dia depois de a manifestação terminar. O protesto vem sendo adiado por negociações realizadas com a categoria.

A última vez em que a manifestação foi adiada foi no dia 8 de outubro. Na ocasião, a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa entrou em diálogo com a AMP para pressionar a entidade a continuar a reivindicar pelas vias de negociação. O presidente da comissão, Leonaldo Paranhos (PSC), chegou a fazer uma fala na Assembleia sobre a questão dos planos.

Também no mês de setembro, a Associação Médica Brasileira (AMB) orientou os médicos de todo o país para que suspendessem o atendimento dos usuários dos planos de 10 a 25 de outubro. Em assembleia, o braço paranaense dos médicos, AMP, definiu que aguardaria a evolução das negociações e é o que tem feito até agora.

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