O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que as iniciativas anunciadas pelo governo na semana passada vão estimular investimentos e sustentar o crescimento da economia brasileira.

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Em seu programa semanal de rádio "Café com o Presidente", Lula comparou as providências tomadas frente à crise financeira internacional em 2008 e as medidas anunciadas na quarta-feira da semana anterior e disse que no final do ano passado era necessário incentivar o consumo e agora é preciso estimular também o investimento.

"Nessas medidas agora, além de continuarmos incentivando o consumo, nós estamos incentivando os investimentos, ou seja, que as empresas façam novos investimentos, que as empresas contratem mais trabalhadores. Então, é uma complementação daquilo que nós fizemos ano passado", afirmou o presidente.

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Lula comentou ainda que "essa idéia de crescer de forma vigorosa em 2010" fez com que o governo antecipasse decisões que seriam anunciadas no ano que vem.

"Ou seja, ao invés de deixar para anunciar em 2010, anunciamos em 2009, aproveitando o final de ano e que as coisas estão bem, para mostrar que o Brasil não tem retorno. A gente vai continuar crescendo porque o Brasil vai se transformar em uma grande economia", disse Lula em seu programa.

"Agora, nós estamos em uma situação mais confortável. A economia já está crescendo de forma razoável", acrescentou.

Entre as iniciativas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última quarta-feira estão um novo aporte, de 80 bilhões de reais, para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiar investimentos em 2010 e 2011.

O governo também prorrogou desonerações para os setores de bens de capital e computadores e anunciou novos incentivos tributários para investimentos em refino de petróleo, indústria petroquímica e energia eólica. A renúncia fiscal estimada para 2010 é de 3,208 bilhões de reais.

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Mantega também anunciou a criação de um instrumento de captação de recursos de longo prazo para os bancos. O novo instrumento terá os moldes de uma debênture e será regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

"Essas medidas, elas têm, eu diria, o endereço certo: a certeza absoluta que o governo trabalha, que a economia brasileira vai crescer muito em 2010, que a gente vai continuar com a inflação baixa", disse Lula.