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As medidas adotadas em dezembro para desacelerar o crédito já resultaram em aumento das taxas e redução do prazo para os tomadores pessoa física, informou o Banco Central nesta quinta-feira.

De acordo com os dados apresentados pelo diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, a taxa média de juros para o crédito pessoal passou de 40,3 por cento para 49,4 por cento ao ano de 6 de dezembro a 26 de janeiro. Além disso, o prazo médio do crédito pessoal teve redução de cerca de 1.700 dias para 1.300 dias.

"(A) dinâmica recente de prazos, preços e volume de concessões sugerem eficácia das ações macroprudenciais introduzidas no início de dezembro, como elemento de contenção da demanda agregada", segundo trecho de uma apresentação feita pelo BC nesta quinta-feira em Salvador.

Segundo Araújo, a iniciativa, junto com o corte de 50 bilhões de reais do Orçamento da União de 2011 anunciados na véspera pelo governo devem ajudar a evitar uma alta mais forte da Selic para abrandar as pressões inflacionárias.

"As ações para abrandar o crédito ao consumidor são eficazes e podem ativar o impacto da taxa de juro mais alta na demanda doméstica", disse Araújo a jornalistas.

Em 3 de dezembro, o BC tomou um conjunto de medidas que incluiu a elevação do compulsório sobre depósitos à vista e a prazo.

O Banco Central divulga no próximo dia 24 o relatório fechado sobre as operações de crédito do sistema em janeiro. Em dezembro, o estoque de financiamentos cresceu 1,6 por cento sobre o mês anterior, fechando 2010 com alta de 20,5 por cento.

Atuar sobre o mercado de crédito tem sido uma das estratégias do governo para tentar evitar um aumento mais forte do juro para enfrentar a inflação crescente. O IPCA, que serve de referência para a política monetária, subiu 5,91 por cento em 2010, bem acima dos 4,5 por cento do centro da meta do governo.

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