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O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, comemorou o fato de a inflação em 12 meses encerrados em agosto estar em 4,36%, abaixo, portanto, do centro da meta de 4,5% para 2009. Ele destacou também que nos últimos anos a inflação tem "orbitado ao redor da meta". "Em 2008, o BC talvez tenha sido um dos únicos a entregar inflação na meta ao redor do mundo", afirmou Meirelles, que participa de audiência pública em diversas comissões no Congresso.

Meirelles destacou também que as taxas de juros no mercado a termo, que são mais importantes para a atividade econômica, estão em níveis historicamente baixos e ressaltou também que o juro real (descontada a inflação) está em 4,8%, na mínima histórica, o que tem efeito positivo de reduzir o custo de carregamento da dívida pública.

No início de sua apresentação, o presidente do BC descreveu o resultado do órgão no primeiro semestre, que foi negativo em R$ 941 milhões, sem considerar os ajustes cambiais, mas lembrou que no período de julho e agosto o resultado entrou no terreno positivo. Ao iniciar sua apresentação, Meirelles tentou ver o lado positivo e disse que isso significa que a política monetária não é mais um problema e que os parlamentares estão preocupados com outras questões

Dívida

Meirelles anunciou que a sua projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB) deve fechar 2009 em 42,8%. Se confirmada a estimativa, o índice deve apresentar piora no fim deste ano em relação ao observado no fim do ano passado, quando a proporção foi de 38,8%.

Apesar dessa piora, Meirelles ressaltou que o mais importante desse índice é que o número está "retornando à normalidade e já está menor que o verificado na entrada da crise". Ele ressaltou aos parlamentares que o patamar histórico do juro básico da economia brasileira, atualmente em 8,75% ao ano, tem reflexos positivos nas contas públicas, já que reduz o gasto com os juros da dívida.

Durante a apresentação, Meirelles repetiu os números divulgados na terça-feira, que mostram que as intervenções do BC no mercado cambial à vista somaram venda total de US$ 14,5 bilhões durante o período de turbulência. Deste valor, US$ 11,5 bilhões já retornaram às reservas internacionais pelas compras realizadas diariamente no mercado cambial à vista. Já em relação às operações de crédito aos exportadores, dos US$ 24,5 bilhões emprestados, US$ 21,1 bilhões já foram devolvidos ao BC.

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