O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira que não há motivo para uma revisão da projeção de crescimento do Brasil depois da desaceleração registrada no segundo trimestre por conta de efeitos pontuais.
- Não há dúvidas de que o país está no caminho do crescimento sustentado desde o terceiro trimestre de 2003 com alguma volatilidade. Claramente, tivemos uma volatilidade temporária por conta de ajustes no nível de estoques - disse Meirelles, durante uma conferência.
O Produto Interno Brasileiro (PIB) cresceu apenas 0,5% no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses do ano.
- No segundo trimestre a Copa do Mundo foi um fator. Em dia de jogo do Brasil o país pára. Esta é uma paixão nacional... isso representa menos horas trabalhadas - afirmou Meirelles durante palestra promovida pela Câmara Brasil-Estados Unidos de Comércio.
Uma greve e algumas paralisações de fábricas em São Paulo também reduziram o número de horas trabalhadas entre abril e junho, disse.
- Não há razão para uma revisão da tendência de crescimento do Brasil - acrescentou Meirelles.
O governo brasileiro espera um crescimento de 4% da economia este ano, mais alto do que a estimativa feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), de 3,6%. O FMI prevê uma expansão econômica de 4% em 2007.
Meirelles argumentou que o aumento na criação de empregos formais, para uma média de 1,2 milhão de postos de trabalho no período 2004-2006, ante 667 mil em 2003, e o aumento no ganho médio real do trabalhador sustentavam o crescimento.
A expansão do crédito e os estímulos fiscais também devem incrementar o crescimento na segunda metade do ano, afirmou Meirelles, que evitou responder a perguntas de jornalistas brasileiros sobre a possibilidade de assumir o Ministério da Fazenda caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja reeleito.
- A demanda é bem menos volátil do que o crescimento da oferta. Uma vez que a volatilidade da oferta moderar, nós teremos uma economia mais estável - disse Meirelles a jornalistas.
Meirelles comentou ainda sobre a inflação no país.
- Não há muita dúvida que a inflação está dentro da meta - disse.
No entanto, não quis comentar se o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC fará novos cortes na taxa básica de juros este ano.
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