O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira (15) que a meta de inflação para o ano que vem será "substancialmente" menor que a de 2008.
Segundo ele, com a esperada desaceleração da economia em 2009, é natural que a taxa a ser perseguida pelas autoridades monetárias seja mais baixa que a atual, de 4,5% ao ano, com margem de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
"Não seria uma surpresa que o número fosse substancialmente menor do que o de 2008, pois há uma desaceleração da economia brasileira, não há dúvida", disse, em palestra para analistas econômicos, em São Paulo.
Na palestra, Meirelles voltou a afirmar que o Brasil está mais bem preparado para enfrentar a atual crise econômica, mas que é preciso que o governo e o Banco Central estejam atentos para que o problema não acabe causando conseqüências maiores que as previstas.
"A situação precisa ser gerenciada com muito cuidado para não gerar disfuncionalidades que piorem ainda mais a situação", disse.
O presidente do BC falou ainda que, apesar da crise ser global, ela atinge países de forma distinta. Segundo ele, cada governo, inclusive o brasileiro, tem que avaliar sua situação, em particular, para tomar as medidas necessárias para minimizar os problemas.
"A crise atinge vários países de maneira diferente. Portanto, precisamos ter muito cuidado para não prescrevermos ´remédios´ iguais", afirmou Meirelles. "Temos que trabalhar com o ´remédio´ mais preciso [para a economia do Brasil]."
Quanto aos impactos negativos da crise no Brasil, Meirelles afirmou que a escassez do crédito está acabando e o nível de empréstimos concedidos a empresas exportadoras, voltando à normalidade.
De acordo dados divulgados pelo BC, na última semana de novembro, a média dos Adiantamentos de Contratos de Câmbio (ACC) registraram valor maior do que a maior média verificada durante todo o ano.
- Meirelles: alta do PIB pode ser bem menor em 2009
- Bovespa segue tendência global e termina em baixa
- Impostômetro atinge marca de R$ 1 trilhão
- Dólar fecha em alta, cotado a R$ 2,389
-
Interferência de Lula no setor privado piora ambiente de negócios do país
-
“Dobradinha” de governo e STF por imposto na folha prejudica empresas e amplia insegurança
-
Protestos pró-Palestina agitam universidades e influenciam a política nos EUA
-
Como o governo do PT quer reverter a reforma trabalhista e paralisar o Brasil com impostos
Interferência de Lula no setor privado piora ambiente de negócios do país
“Dobradinha” de governo e STF por imposto na folha prejudica empresas e amplia insegurança
Contas de Lula, EUA e mais: as razões que podem fazer o BC frear a queda dos juros
Muita energia… na política: ministro ganha poder com agenda ao gosto de Lula