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Pelo terceiro ano seguido, o reajuste das mensalidades escolares vai ultrapassar a inflação do período. Enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da Educação na Grande Curitiba acumulado nos últimos 12 meses – de setembro de 2012 a agosto deste ano – ficou em 7,3%, o reajuste médio das escolas, segundo levantamento feito pela Gazeta do Povo, deve ficar em 8,5%. Os aumentos variaram de 6,6% a 10,5%.

INFOGRÁFICO: Veja a inflação das mensalidades escolares

Para chegar ao porcentual médio, a Gazeta contou com a ajuda de pais que já foram informados sobre o valor das mensalidades para o próximo ano, pois a maioria das escolas evita o assunto. O maior aumento foi encontrado no Colégio Nossa Senhora de Sion, com reajuste de 10,5% para o próximo ano. Pelo levantamento, a mensalidade da 7.ª série, por exemplo, vai passar de R$ 866,83 para R$ 957,43. Já o menor porcentual de aumento foi verificado no Colégio Marista Paranaense, onde a mensalidade do 2.º ano do ensino médio vai subir de R$ 916 para R$ 977, reajuste de 6,6%.

Segundo Aroldo Ebbers Razzoto, contador e conselheiro do Colégio Sion a folha de pagamento é um dos itens que mais pesa no orçamento. "Apesar do acordo coletivo para o próximo ano ter ficado em 7%, nós repassamos aos professores um aumento de 9%. Se eu não faço isso, acabo não tendo professores com a qualidade que o colégio precisa", diz Razzoto, referindo-se a uma despesa de quase 70% do seu orçamento.

Muitas escolas ainda estão definindo os porcentuais de reajuste, mas a tendência é que os preços fiquem acima da inflação, pressionados principalmente pelos investimentos em tecnologias educacionais e pelo aumento do aluguel. Segundo o Secovi-PR, o preço médio dos imóveis comerciais para locação em Curitiba cresceu 9% nos últimos 12 meses.

Além disso, o presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe-PR), Jacir Venturi, destaca a demanda de ensino em tempo integral, que requer investimentos em professores, materiais e infraestrutura. "Existe uma procura crescente pelo ensino em tempo integral, com a oferta de atividades especiais no contraturno", diz. Ele explica que além do reajuste geral de 7%, muitas escolas tiveram de implantar planos de cargos e salários para valorizar os professores e evitar a rotatividade da categoria.

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