Cerca de 3 milhões de brasileiros aproveitaram o cenário de crédito fácil, massa salarial em alta e desemprego em baixa para comprar um computador no primeiro semestre deste ano. O número, divulgado pela IDC, consultoria do setor de tecnologia e informática, representa um aumento de quase 40% em relação ao mesmo período do ano passado.
O aquecimento deste mercado levou a Positivo Informática, líder no mercado nacional de computadores pessoais, a registrar um recorde de vendas. No consolidado do semestre, a Positivo vendeu 904.986 computadores, uma evolução de 18,2% em relação aos seis primeiros meses de 2009.
O mercado de desktops ajudou a impulsionar os resultados da empresa e apresentou indicadores positivos tanto em volume quanto em preço médio.
As compras do governo federal tiveram participação de 40% neste segmento, com a entrega de 237 mil computadores de um total de 350 mil unidades ao Ministério da Educação. Essa demanda também ajudou a elevar o preço médio do produto, que, no período de um ano, sofreu reajuste de 10,1%.
Notebooks
O segmento de notebooks, por sua vez, apresentou maior volume de vendas, mas por um preço médio mais baixo. A explicação para a queda nos preços está na forte concorrência de marcas como Dell e Acer, que reajustaram seus preços para baixo por causa da desvalorização do dólar. Para não perder fatia neste mercado, em um ano a Positivo baixou em 7,5% o preço de seus notebooks.
A participação da empresa no segmento de portáteis ficou em 13% no primeiro trimestre, contra os 20% registrados no ano de 2009, segundo dados da IDC.
Analistas que acompanham o setor de informática acreditam que o mercado continuará aquecido nos próximos meses. A IDC aposta que o até o fim do ano o país atingirá a marca de 13,2 milhões de computadores vendidos, o que deve representar 20% de crescimento sobre o resultado do setor em 2009.
Essa perspectiva de crescimento está baseada no índice de penetração de PCs no mercado brasileiro. Segundo pesquisas mais recentes, apenas 31,1% da população brasileira tem ao menos um computador em casa. O índice é considerado baixo se comparado até mesmo a países vizinhos, como Chile (60%) e Argentina (50%).
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