A busca do investidor por ações baratas sustentou a bolsa paulista nesta quinta-feira, com o Ibovespa cravando a terceira alta consecutiva mesmo após dados decepcionantes da economia dos Estados Unidos.
O principal índice das ações brasileiras subiu 1,12 por cento, a 64.098 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 6,9 bilhões de reais.
Em Nova York, os índices Standard & Poor's 500 e Dow Jones terminaram com alta entre 0,4 e 0,1 por cento, recuperando-se após números piores que o esperado do PIB do 1o trimestre e de pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA.
De acordo com profissionais de mercado, não houve notícias positivas que justificassem uma melhora da bolsa; a alta do Ibovespa se sustentou basicamente no interesse de investidores em aproveitar o nível baixo das ações para recompor posições.
"Foi mesmo uma procura de preços baixos. A bolsa acabou exagerando aqui, apareceram algumas barganhas e o pessoal foi atrás", disse José Góes, analista econômico da Win Trade, home broker da Alpes Corretora.
Ele considerou a alta de 3,4 por cento da OGX Petróleo, a 15,51 reais, como um exemplo desse movimento. A OGX acumulava queda de cerca de 30 por cento até semana passada. Notícias, como a de que a companhia está captando 2 bilhões de dólares de títulos, estancaram a sangria das ações.
Analistas do Deutsche Bank já afirmavam antes do pregão que o mercado local estava relativamente barato e deveria mostrar um desempenho melhor que outras bolsas.
"Embora a recente queda represente apenas a metade dos 24 por cento perdidos entre abril e maio de 2010, o Ibovespa opera agora a 9,4 vezes o lucro por ação dos próximos 12 meses, menor nível desde a crise", escreveram Frederick Searby e Francisco Schumacher.
A JBS, também se recuperou, com alta de 4,31 por cento, a 5,32 reais. Neste mês, a ação chegou a ser cotada abaixo de 5 reais pela primeira vez desde março de 2009.
Vale PNA subiu 1,66 por cento, a 44,78 reais, com o maior volume do pregão. Petrobras PN teve valorização de 1,26 por cento, a 24,20 reais.
Na parte de baixo do índice, Natura teve a maior queda, 2,79 por cento, a 41,80 reais. A construtora Rossi recuou 2,48 por cento, a 13,36 reais.
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