Três novos fundos de índices (chamados no mercado de ETFs, da abreviação em inglês para Fundos Negociáveis em Bolsa) estão mercado. Os três são da família iShares, administrada pela companhia americana BlackRock, que já tinha outros três ETFs na bolsa brasileira. Ao todo são sete os ETFs disponíveis para o investidor nacional, sendo o mais antigo o Pibb, lançado em 2004.
A ideia por trás dos ETFs é ter um fundo de baixo custo de operação, capaz de seguir de perto os índices que servem como referência para o mercado. O pioneiro Pibb, por exemplo, segue o IBrX-50, que reflete a variação das 50 empresas mais negociadas na Bovespa. Os iShares mais antigos seguiam o Ibovespa, o índice das empresas de baixo valor de mercado (Small Capps) e o das pequenas e médias (MidLarge). Os três novos fundos que são negociados desde meados do mês passado acompanham o índice setorial de Consumo e Imobiliário, e também o IBrX.
Os ETFs engatinham no Brasil, mas são uma febre entre os investidores pessoa física em outros mercados na Bolsa de Nova Iorque, chegam a representar 30% de todo o volume negociado (no Brasil, não passou de 0,4%). A maior vantagem deles é mesmo o custo. No Brasil, a taxa de administração varia entre 0,54% (Ibovespa, IBrX e empresas médias/grandes) a 0,69% (consumo, imobiliário e pequenas), enquanto que os bancos cobram até 4% de taxa de fundos semelhantes. Nos EUA, as taxas médias estão em 0,15% e 0,16%.
Há inclusive ETFs capazes de cruzar fronteiras. O banco americano Morgan Stanley, por exemplo, vende no mercado dos Estados Unidos o MSCI Brazil, que replica o índice de ações de mercados emergentes da instituição neste caso, só com papéis brasileiros. O MSCI Brazil é fechado para investidores brasileiros, mas rendeu 113% no ano passado. Aqui, a CVM ainda precisa regulamentar a criação de ETFs para fundos de renda fixa, commodities, moedas e índices de bolsas estrangeiras, o que permitiria ao brasileiro buscar oportunidades de ganho no exterior.
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