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Com o resultado das eleições, o mercado financeiro passava a avaliar nesta segunda-feira o perfil da equipe econômica a ser composta para o segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Diante das expectativas, o dólar registrava leve alta, enquanto a Bovespa caía 1 por cento.

``Vai começar a rodada de especulações sobre os cargos... todo mundo de olho vivo esperando se vai haver alguma mudança forte, principalmente nos ministérios mais importantes'', afirmou o operador de câmbio da corretora Didier Levy Júlio César Vogeler, em referência à Fazenda e ao Planejamento.

Às 12h25, o Ibovespa cedia 1,2 por cento, para 38.839 pontos. O dólar era vendido a 2,142 reais, com avanço de 0,28 por cento, depois de três sessões seguidas de baixa.

Apesar das perdas, analistas lembravam que o movimento do mercado não é de estresse. E citavam também a semana mais curta pelo feriado de Finados, na quinta-feira, e a expectativa por uma série de dados sobre a economia norte-americana.

No primeiro pronunciamento após ser reeleito, Lula prometeu responsabilidade fiscal.

Mas outros membros do governo adotaram um tom diferente. O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, falou no ''fim da era Palocci'', enquanto o vice-presidente, José Alencar, repetiu as críticas ao nível do juro.

Segundo Sandra Utsumi, economista-chefe do BES Investimentos, o mercado agora avalia as opiniões diversas.

``Um (discurso) é este em que o Lula retomou a pauta de austeridade fiscal, necessidade de controle de gastos que é positivo, e outro o do 'fogo amigo''', comentou.

Segundo ela, o mercado irá observar até que ponto o discurso ``desenvolvimentista'' terá mais peso.

DE OLHO NO PRESIDENTE

Carlos Camacho, sócio-diretor da GAP Asset Management, acrescentou que ``o importante neste momento não é o discurso das pessoas que estão próximas ao presidente, mas o que o presidente vai falar''.

Os investidores mantinham também o foco no cenário internacional, com a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE) nos Estados Unidos --uma das medidas de inflação preferidas do Federal Reserve.

O núcleo do indicador avançou 0,2 por cento em setembro, em linha com o previsto. O dado de agosto foi revisado para alta de 0,3 por cento.

O dólar também subia frente a outras moedas depois desses números e do comentário do presidente do Fed de Richmond, Jeffrey Lacker, de que a economia dos EUA têm resistência para suportar elevações adicionais do juro.

As bolsas norte-americanas operavam em leve baixa, atentas também às notícias sobre o Wal-Mart, que divulgou vendas abaixo das já reduzidas previsões.

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