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Brasília (AE) – O Banco Central (BC) não deverá acelerar o ritmo de queda dos juros, aposta a maioria dos analistas financeiros, segundo mostra o resultado da pesquisa semanal Focus. O corte seria de apenas 0,5 ponto. O Comitê de Política Monetária (Copom) realiza na semana que vem sua primeira reunião este ano. Ao longo de 2006, o Copom se reunirá oito vezes, e não mais uma vez por mês, como foi até agora.

A taxa, com isso, recuaria dos atuais 18% e passaria a ficar em 17,5%, menor nível desde novembro de 2004. "Os sinais dados pelo Banco Central (BC) até o momento são de manutenção do gradualismo na trajetória de queda dos juros", disse a economista do Banco Fibra, Maristela Ansanelli.

O foco de maior atenção do BC no momento, na opinião da economista, é com a possibilidade de repasse da inflação mais alta do último trimestre do ano passado para a de 2006. "A inércia da inflação é um fato que vem sendo acompanhado pelo BC", disse. A atividade econômica, segundo avalia a economista, é outro ponto sob observação pela equipe do BC. "O otimismo deles com a atividade econômica é mais um motivo de cautela na condução da política de juros", disse. O mercado, em função disso, observará com a atenção a divulgação, hoje, do resultado da produção industrial em novembro de 2005.

Para o fim deste ano, as estimativas do mercado para a taxa de juros permaneceram em 15% pela segunda semana seguida. Há quatro semanas, estas projeções estavam em 15,38%. As expectativas de taxa média de juros para este ano também não mudaram e prosseguiram em 15,94%.

Embora o presidente do BC, Henrique Meirelles, tenha afirmado ontem, na Suíça, que espera um crescimento de 4% este ano, as projeções do mercado apontam para um crescimento mais modesto: 3,5%. Para 2005, as previsões de crescimento pararam de cair e ficaram estáveis em 2,4%. Alguns analistas de mercado não descartam entretanto a possibilidade de o resultado ficar em apenas 2,3%.

Os analistas elevaram ligeiramente, em US$ 500 milhões, a projeção do superávit em conta corrente para este ano, passando de US$ 7,5 bilhões para US$ 8 bilhões. Eles esperam ainda que o dólar termine o mês na casa dos R$ 2,30. Ao fim do ano, a moeda norte-americana deverá estar cotada em R$ 2,40, segundo calculam os especialistas.

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