Mercado externo sustenta alta de 0,34% do Ibovespa

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O principal índice das ações brasileiras fechou em leve alta nesta terça-feira (29), aproveitando a subida das bolsas internacionais em mais uma sessão de volume abaixo da média.

O Ibovespa teve alta de 0,34 por cento, a 67.418 pontos. O giro do pregão foi de 5,1 bilhões de reais, abaixo da média diária de quase 7 bilhões de reais em 2011.

Em Nova York, o índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 0,71 por cento, também com volume reduzido. Na véspera, a bolsa norte-americana teve o menor giro do ano, levantando dúvidas sobre a consistência da recente subida.

De acordo com operadores de renda variável no exterior, os investidores aguardam os relatórios sobre emprego nos Estados Unidos - quarta-feira o do setor privado e, na sexta-feira, o do governo com dados globais exceto os do setor agrícola.

"O dia foi meio neutro, operando próximo a uma faixa quase de estabilidade", disse Fernanda Camino, economista da corretora XP Investimentos, que destacou na agenda local a nota de crédito do Banco Central.

Os dados da autoridade monetária sinalizaram um crescimento de 21 por cento do crédito em 12 meses até fevereiro, acima da faixa entre 12 e 15 por cento considerada ideal pelo Ministério da Fazenda, Guido Mantega. O número aumentou a expectativa por novas medidas macroprudenciais, como um possível aumento no compulsório ou restrições a determinadas linhas de crédito.

Entre os destaques na parte negativa do Ibovespa ficaram ações mais expostas a um eventual aperto no crédito, como das construtoras Rossi, com queda de 3,78 por cento, a 13,50 reais, e MRV, com desvalorização de 1,92 por cento, a 12,79 reais.

Ações de bancos, porém, se mantiveram perto da estabilidade, segundo o índice da BM&FBovespa para o setor financeiro, que subiu 0,02 por cento.

Na quarta-feira, o Banco Central divulga às 8h30 o Relatório Trimestral de Inflação, que pode dar mais pistas sobre a condução da política monetária.

No lado positivo, as ações preferenciais da Vale subiram 1,85 por cento, a 47,33 reais, acompanhando as ações do setor no mercado internacional em meio à valorização dos preços dos metais. A Vale tem mostrado volatilidade com a incerteza a respeito do substituto de Roger Agnelli, que deve deixar a presidência da mineradora.

A ação ordinária da Usiminas avançou 1,35 por cento, a 29,20 reais. O vice-presidente financeiro da CSN, Paulo Penido, reiterou após a divulgação dos resultados financeiros da CSN que a siderúrgica tem interesse em elevar a participação no capital votante da Usiminas a 10 por cento.

A empresa do setor elétrico Cemig, que divulgou lucro 6 por cento maior no ano passado, a 2,257 bilhões de reais, teve alta de 2,19 por cento, a 30,73 reais.

A concorrente Cesp teve o maior avanço do Ibovespa, 3,77 por cento, para 30,30 reais.

Cyrela avançou 0,47 por cento, a 14,99 reais, após divulgar lucro abaixo do previsto no quarto trimestre do ano passado.

"Não esperamos ver uma recuperação da lucratividade ou da execução no curto prazo, e portanto mantemos nossa recomendação neutra e nosso preço-alvo", afirmou o analista Leonardo Zambolin, do Goldman Sachs, em relatório.