Mercado mantém aposta de corte de 0,50 PP nos juros nesta semana

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O mercado financeiro manteve inalterada, na última semana, a sua projeção de corte na taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central marcada para a próxima terça e quarta-feiras em 0,50 ponto percentual.

Atualmente, a taxa Selic está em 13,75% ao ano. Com a redução de 0,50 ponto percentual nesta semana, os juros cairiam para 13,25% ao ano - patamar no qual fechariam 2006 (a reunião de novembro é última deste ano). Para o final de 2007, por sua vez, a estimativa do mercado financeiro para a taxa Selic ficou estável em 12% ao ano na semana passada.

Os dados foram obtidos por meio de pesquisa realizada semanalmente pelo BC com cerca de cem instituições financeiras. Esses dados dão origem ao relatório de mercado, também conhecido como Focus, que é divulgado todas as segundas-feiras às 8h30.

PIB

A projeção do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano apresentou queda marginal na semana passada. Recuou de 2,95% para 2,94%, informou o Banco Central. Para 2007, a estimativa do mercado financeiro para a elevação do PIB ficou estável em 3,50% na última semana.

Com a revisão, a estimativa de crescimento do mercado financeiro para a economia brasileira ficou mais distante do objetivo do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de elevação de 4% para 2006. O BC, por sua vez, estima uma taxa de expansão de 3,50% para este ano. Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) espera um crescimento de 2,9% para este ano.

No caso da produção industrial, a estimativa do mercado, para o crescimento de 2006, subiu de 3,16% na semana retrasada para 3,19% na última semana. Para 2007, a expectativa do mercado, para o crescimento da produção industrial, ficou estável em 4,30%. IPCA

O BC calibra a taxa de juros de modo que as metas de inflação deste ano, de 2007 e de 2008, todas em 4,50%, sejam atingidas. Pelo sistema de metas de inflação, porém, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pode variar entre 2,50% e 6,50% nestes três anos, sem que a meta seja formalmente descumprida.

Na última semana, a projeção do mercado financeiro para o IPCA de 2006 apresentou elevação. Desta vez, subiu de 3,08% para 3,15%. Apesar do aumento, a projeção ainda permanece distante da meta central de inflação de 4,50% para este ano.

No caso do IPCA dos próximos doze meses, segundo informações divulgadas pelo BC, a estimativa subiu de 4,13% na semana retrasada para 4,17% na última semana.

O BC também informou nesta segunda-feira que a estimativa dos agentes de mercado para o IPCA de 2007 permaneceu estável em 4,10% na última semana. Cabe lembrar que o BC, neste momento, já está definindo a taxa de juros com base no cenário inflacionário para 2007. Câmbio

A projeção do mercado para a taxa de câmbio no final do mês de novembro permaneceu estável em R$ 2,15 por dólar na última semana.

Para o final de 2006, por sua vez, a estimativa do mercado para a taxa de câmbio subiu de R$ 2,15 para R$ 2,16 por dólar na semana passada. Há um mês, esta projeção estava em R$ 2,16 por dólar.

Para o fim do ano que vem a expectativa do mercado para o câmbio permaneceu inalterada em R$ 2,25 por dólar, sendo que, há um mês atrás, estava em R$ 2,30 por dólar. Balança comercial

A expectativa do mercado financeiro para o superávit da balança comercial brasileira deste ano permaneceu inalterada em US$ 45 bilhões na última semana. Para 2007, a projeção do mercado de superávit comercial subiu de US$ 37,42 bilhões para US$ 38 bilhões na semana passada.

Sobre o ingresso de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2006, a projeção do mercado caiu de US$ 15,60 bilhões para US$ 15,86 bilhões na semana passada. Para 2007, permaneceu estável em US$ 16 bilhões na última semana.