A pesquisa semanal do Banco Central com economistas e instituições financeiras voltou a reduzir a previsão de queda da atividade econômica neste ano e a elevar a projeção para a inflação, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (13).
Para 2016, a perspectiva para a queda do PIB (Produto Interno Bruto) foi reduzida de 3,71% no boletim Focus anterior para 3,60% nesta sondagem. Há quatro semanas, a retração projetada era de 3,88%.
Já em 2017 a previsão de crescimento foi elevada e passou de 0,85% para 1%. Quatro semanas antes, a expansão estimada era de 0,50%.
As revisões ocorrem após o governo do presidente interino, Michel Temer, ter conseguido aprovar, na semana passada, projeto que flexibiliza gastos da União.
A proposta de emenda à Constituição amplia a aplicação livre de 30% de todos os tributos federais vinculados a determinado órgão, fundo ou despesa. Esse percentual era de 20% até 2015. A PEC estende ainda a DRU a Estados e a municípios.
Preços
O Boletim Focus também mostrou inflação mais pressionada neste ano. A estimativa subiu de 7,12% na semana passada para 7,19% nesta sondagem. Para 2017, a projeção para o IPCA (índice oficial de preços) se manteve em 5,50%, abaixo da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para 2017, que é de 4,5% com 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Dados divulgados na semana passada voltaram a sinalizar que a inflação continua acelerando. O IPCA de maio foi de 0,78%, enquanto em 12 meses a taxa avançou para 9,32%, acima dos 9,28% do acumulado até o mês anterior.
Por causa do avanço da inflação, o Comitê de Política Monetária do Banco Central optou por manter a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano na reunião encerrada na quarta-feira passada (8).
A reunião foi a última de Alexandre Tombini no comando do BC. Ele será substituído no cargo pelo economista Ilan Goldfajn, que foi aprovado na terça-feira (7) pelo Senado.
Com a inflação demorando a ceder, os economistas consultados pelo BC elevaram a projeção para a Selic no fim deste ano. A projeção passou de 12,88% para 13%. Para 2017, foi mantida em 11,25%.
A estimativa para o dólar no fim deste ano foi reduzida novamente, passando de R$ 3,68 para R$ 3,65. Para o próximo ano a previsão caiu de R$ 3,85 para R$ 3,81.
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