O mercado financeiro voltou a elevar a estimativa para o desempenho da economia brasileira em 2010. De acordo com a pesquisa semanal Focus, divulgada hoje pelo Banco Central (BC), no levantamento realizado junto a instituições financeiras a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano passou de um avanço de 6,30 para um crescimento de 6,46%. Para 2011, a previsão para o PIB foi mantida em um crescimento de 4,50%.
No mesmo levantamento, a estimativa para a produção industrial em 2010 subiu de 10,40% para 10,90%. Para 2011, a projeção para o desempenho da indústria permaneceu em alta de 5,00%.
Inflação e juros
O mercado financeiro também voltou a elevar a previsão para a inflação a ser apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010. De acordo com a pesquisa Focus, a expectativa para o índice no ano subiu de 5,54% para 5,67%, distanciando-se ainda mais do centro da meta do governo para a inflação no ano, que é de 4,50%. Na mesma pesquisa, a estimativa para o IPCA em 2011 ficou inalterada em 4,80%.
A estimativa para a taxa básica de juros (Selic) para o fim de 2010 manteve-se em 11,75% ao ano. A projeção para a taxa no fim de 2011 permaneceu em 11,50% ao ano.
Câmbio e contas externas
Os analistas mantiveram a previsão para o patamar do dólar no fim do ano. O nível da moeda norte-americana no fim de 2010 ficou em R$ 1,80. Para o fim de 2011, a expectativa para a moeda americana seguiu em R$ 1,85. A previsão de câmbio médio no decorrer de 2010 ficou em R$ 1,80.
O mercado financeiro também alterou as previsões para o déficit nas contas externas em 2010. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano recuou de US$ 49,25 bilhões para US$ 48,05 bilhões. Para 2011, a previsão de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos recuou de US$ 58,85 bilhões para US$ 57 bilhões.
A previsão de superávit comercial em 2010 subiu de US$ 13,75 bilhões para US$ 14,54 bilhões. Para 2011, a estimativa para o saldo da balança comercial passou de US$ 5,30 bilhões para US$ 4,50 bilhões.
Analistas alteraram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010 de US$ 38 bilhões para US$ 37 bilhões. Para 2011, a estimativa para o IED permaneceu em US$ 40 bilhões.
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