O mercado financeiro voltou a elevar a estimativa para o desempenho da economia brasileira em 2010. De acordo com a pesquisa semanal Focus, divulgada nesta segunda-feira (26) pelo Banco Central (BC), no levantamento realizado junto a instituições financeiras a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano passou de um avanço de 5,81% para um crescimento de 6%. Há duas semanas, a previsão era de expansão de 5,60%. Para 2011, a previsão para o PIB foi mantida em um crescimento de 4,50%.
No mesmo levantamento, a estimativa para a produção industrial em 2010 subiu de 9,41% para 9,50%. Para 2011, a projeção para o desempenho da indústria permaneceu em alta de 5,00%.
Inflação e juros
O mercado financeiro voltou a elevar a previsão para a inflação a ser apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010. De acordo com pesquisa Focus, a expectativa para o índice no ano subiu de 5,32% para 5,41%, se distanciando ainda mais do centro da meta do governo para a inflação no ano, que é de 4,50%. Na mesma pesquisa, a estimativa para o IPCA em 2011 ficou inalterada em 4,80%.
Em relação à inflação de curto prazo, a estimativa para o IPCA de abril subiu de 0,46% para 0,49%. Para maio, a projeção subiu de 0,37% para 0,38%. O dado do IPCA de abril deve ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 7 de maio.
A estimativa para a taxa básica de juros (Selic) para o fim de 2010 foi elevada de 11,50% ao ano para 11,75% anuais. A projeção para a taxa no fim de 2011 foi mantida em 11,25% ao ano. O mercado também manteve a estimativa de que o início do processo de alta dos juros ocorra já neste mês, com aumento de 0,50 ponto porcentual na Selic, para 9,25% ao ano. A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) será realizada entre amanhã e quarta-feira. Atualmente, a Selic está em 8,75% ao ano.
Câmbio e contas externas
Os analistas mantiveram a previsão para o patamar do dólar no fim do ano. O nível da moeda norte-americana no fim de 2010 ficou em R$ 1,80. Para o fim de 2011, a expectativa para a moeda americana seguiu em R$ 1,85. A previsão de câmbio médio no decorrer de 2010 ficou em R$ 1,81.
O mercado financeiro também manteve as previsões para o déficit nas contas externas em 2010. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano continuou em US$ 50 bilhões. Para 2011, a previsão de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos passou de US$ 60 bilhões para US$ 59,20 bilhões.
A previsão de superávit comercial em 2010 subiu de US$ 10 bilhões para US$ 12 bilhões. Para 2011, a estimativa para o saldo da balança comercial subiu de US$ 3,99 bilhões para US$ 5 bilhões.
Analistas reduziram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010 de US$ 39 bilhões para US$ 38 bilhões. Para 2011, a estimativa para o IED permaneceu inalterada em US$ 40 bilhões.
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