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São Paulo - As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo caíram 24,4% no período de janeiro a julho deste ano, comparado aos sete primeiros meses de 2008. Foram comercializadas 16,5 mil unidades.

Em julho, houve uma queda de 41,5% sobre igual mês do ano passado. De um total de 12,9 mil ofertas, 2,1 mil unidades foram vendidas.

Segundo o presidente do Sindicato da Habitação (Secovi), João Crestana, essa falta de dinamismo do setor, no entanto, não evidencia que os negócios vão mal.

Ele atribuiu o baixo desempenho de julho ao período de férias e até mesmo à pandemia causada pelo vírus Influenza H1N1- gripe suína. "As famílias ficaram mais retraídas e muitas interromperam as atividades com as férias prolongadas", observou o executivo para quem a comercialização "segue forte" e deve ter mais visibilidade no fechamento do segundo semestre.

Crestana lembrou que o setor não escapou dos efeitos da crise financeira internacional. Muitos projetos e lançamentos acabaram adiados e só foram retomados no começo deste ano. Diante disso, confirme explicou, diminuíram as ofertas, embora já se note uma reação. "Os efeitos da crise já estão muito mitigados e, desde novembro do ano passado, já tivemos de volta o interesse de compradores".

Ele informou que uma novidade que sinaliza negócios em alta é o crescimento pela procura de imóveis comerciais e o índice de velocidade de vendas, que alcançou 14,4% em julho. Isto significa que de cada 100 imóveis ofertados 14,4 foram vendidos.

Na projeção de Crestana, o programa Minha Casa, Minha Vida, em fase de maturação, deve resultar em 600 mil a 700 mil ofertas de imóveis para a população de baixa renda no ano que vem. "Já temos cerca de 40 mil aprovações [financiamentos] na Caixa Econômica Federal e mais outros 300 planos em análise", disse.

Para o presidente do Secovi, o país não pode mais conviver com o deficit habitacional de 8 milhões de unidades. "Estima-se existirem cerca de 35 milhões de pessoas morando em locais inadequados", observou.

A estimativa do Secovi é que, na quarta edição da Semana Imobiliária em São Paulo, a ser realizada de 24 a 27 de setembro, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, sejam oferecidos cerca de 100 mil imóveis. Os interessados poderão encontrar desde pequenas habitações com apenas um dormitório até as que têm acima de três dormitórios.

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