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Quando o suíço Joseph Lötscher chegou a Witmarsum, há cinco anos, topou encarar um desafio: produzir queijos finos com um padrão de qualidade idêntico aos fabricados em seu país de origem, sem mão-de-obra qualificada e muitas vezes sem os equipamentos adequados. Da Suíça ele trouxe, por exemplo, um tanque de cobre para coalhar o leite, já que "os de inox não fazem bom queijo". E trouxe também a experiência adquirida ao longo de décadas fabricando queijos.

Na Suíça, são necessários 10 anos para que uma pessoa se transforme em mestre queijeiro – uma profissão que, conta Lötscher, tem um pouco de tudo. "Somos engenheiros, biólogos, químicos, um pouco de cada. Mas fazer queijo não está na cabeça, e sim na experiência. A formação precisa ser junto com o patrão, tem que aprender tudo desde o fundamento."

No Brasil, Lötscher diz não ter encontrado mão-de-obra qualificada para produzir. Em Witmarsum, por exemplo, a experiência dos 15 funcionários da queijaria cresce junto com ela. Alguns estão desde o início da produção, e já são, segundo o mestre suíço, praticamente especialistas em algumas variedades. "O Carlos é praticamente independente no Camembert", diz, fazendo referência a um dos funcionários. "Eu mesmo não posso estar aqui 7 dias por semana, e ele se vira sozinho. Fico com os ajustes finais, quando necessário." (FL)

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