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Os metalúrgicos do primeiro turno da fábrica da Bosch, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), rejeitaram a proposta da empresa sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para 2010 e decidiram, nesta segunda-feira (17), paralisar as atividades por 24 horas.

A suspensão das atividades seguirá até a manhã de terça-feira (18), quando haverá uma nova asssembleia na porta da fábrica, às 7 horas. Mas, se houver nova proposta da Bosch até as 14 horas desta segunda-feira, a proposta será votada antes.

A maior parte dos colaboradores do primeiro turno presentes à assembleia realizada na porta da fábrica, às 7h30, não aceitou a proposta da Bosch que ofereceu PLR no valor mínimo de R$ 4 mil e primeira parcela de R$ R$ 2,7 mil. Se as metas fossem atingidas, a PLR seria de R$ 5 mil.

Os trabalhadores querem que o valor da primeira parcela seja maior e que o mínimo da PLR seja R$ 5 mil.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, 695 trabalhadores do primeiro turno rejeitaram a proposta e 398 aceitaram a proposta da Bosch.

Uma nova assembleia será realizada nesta segunda-feira, às 14 horas, na qual os trabalhadores do segundo turno irão votar se aceitam ou não a proposta da Bosch.

Ao todo, a empresa tem aproximadamente 3,5 mil colaboradores em Curitiba. A fábrica da Bosch no CIC produz sistemas de injeção para veículos com motores movidos a diesel. Parte da produção é destinada ao mercado externo.

A assessoria de imprensa da Bosch divulgou nota sobre a paralisação na manhã desta segunda-feira (17). A empresa considerou que não havia necessidade para a suspensão das atividades, pois as negociações com o sindicato estavam em andamento.

A proposta apresentada pela Bosch levava em conta a recuperação do mercado internoapós a crise econômica mundial, de acordo com a assessoria de imprensa. Segundo a nota, "a empresa ressalta que o mercado externo ainda sofre as conseqüências da crise mundial, sendo necessário agir com responsabilidade e coerência para manter a competitividade do negócio agora e no futuro.

Renault

Os metalúrgicos da Renault votaram pela continuidade da greve nesta segunda-feira (17). A votação ocorreu em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira na porta da fábrica da empresa, que fica em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

Quatro mil funcionários suspenderam as atividades na sexta-feira porque não houve acordo com relação aos valores da PLR. A Renault ofereceu PLR no valor de R$ 7,5 mil (100%), sendo que o mínimo pago seria de R$ 6,2 mil. O pagamento seria feito em duas parcelas: a primeira de R$ 4,750 mil. Os colaboradores reivindicam PLR no valor de R$ 9 mil e querem que a primeira parcela tenha um valor superior.

Outras empresas

Os trabalhadores da Volksvagen fazem assembleia na terça-feira (18). A exigência é de que a proposta seja a mesma feita para aos trabalhadores de São Paulo, com R$ 4,3 mil para a primeira parcela da PLR.

Além desse, os metalúrgicos da Volvo deram um prazo de 48 horas na sexta-feira (14) para a empresa apresentar uma proposta de PLR. A assembleia ocorrerá na terça-feira (18).

Eles exigem um valor mínimo de R$ 10 mil, o pagamento da primeira parcela em um valor similar ao das outras montadoras no dia 28 de maio, extinção da avaliação individual e a utilização somente dos blocos I e II para avaliação e pagamento da PLR em 2010.

Além desses, os trabalhadores da New Holland também rejeitaram a proposta de PLR de R$ 3,8 mil, com adiantamento de R$ 1,9 mil, apresentada pela empresa. Eles exigem no mínimo 80% do que for fechado nas montadoras instaladas no Paraná. Uma nova assembleia está marcada para a terça-feira (18).

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