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A banda Bad Religion é um dos grandes nomes da cena punk rock mundial | Divulgação/Seven Shows
A banda Bad Religion é um dos grandes nomes da cena punk rock mundial| Foto: Divulgação/Seven Shows

Berlim – A implantação das novas metas da União Européia para minimizar as mudanças climáticas custarão 1 trilhão de euros (R$ 2,75 trilhões, pouco mais do que o PIB brasileiro, que é de R$ 2,3 trilhões) nos próximos 14 anos, segundo um estudo divulgado na terça-feira. O levantamento, da consultoria McKinsey, é o mais amplo já feito sobre o aspecto econômico das medidas e aponta fraquezas no plano europeu de reduzir em 20% as emissões de gases geradores de efeito estufa até 2020. As metas ambientais do bloco foram fixadas num encontro de chefes de Estado ocorrido em 9 de março. Os custos e suas fontes não foram discutidos na ocasião. A Alemanha já informou que pretende reduzir suas emissões em 40% – acima da meta, portanto.

O documento diz que é técnica e economicamente possível reduzir as emissões conforme o planejado, embora o esforço político necessário seja imenso. "Levando-se em conta uma aplicação balanceada e sensível das tecnologias de mais fácil acesso, calculamos que os estados da União Européia terão de enfrentar um custo anual entre 60 e 80 bilhões de euros até 2020", disse Thomas Vahlenkamp, especialista em energia da McKinsey.

Para alcançar resultados economicamente viáveis, a McKinsey aconselha os políticos a se concentrarem nas medidas mais baratas e eficientes em primeiro lugar, em vez de apostar em soluções onerosas. "O uso de iluminação natural nos edifícios é algo que merece mais atenção", disse Vahlenkamp. "Há um potencial muito rico de possibilidades de custo zero, que não teriam nenhum efeito negativo no nosso estilo de vida ou no nosso conforto."

O relatório explica que é mais fácil e barato reduzir o uso de energia do que captar e armazenar subprodutos de combustíveis fósseis, como o gás carbônico (CO2). Iluminar um prédio com luz natural, por exemplo, permitiria economizar 150 euros por tonelada de dióxido de carbono não-emitido. O estudo diz ser possível reduzir os níveis de CO2 em 27 bilhões de toneladas até 2030 – um nível que, segundo os cientistas, já permitiria restringir o aquecimento global.

O estudo diz que um dos maiores desafios está nos países em desenvolvimento, que produzem metade das emissões de gás carbônico consideradas evitáveis. Na África, América do Sul e Ásia o potencial para redução seria menor, mas África e América do Sul podem contribuir ao cortar o desmatamento. O estudo critica a UE por dar prioridade à redução de emissões na geração de eletricidade, cujo potencial é de 6 bilhões de toneladas até 2030, e deixar de atacar a indústria florestal. Com um manejo mais adequado, o setor poderia reduzir sua participação nas emissões em 7 bilhões de toneladas.

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