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Mutirão de contratações em Curitiba: capital e região têm 3,5% de desemprego | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Mutirão de contratações em Curitiba: capital e região têm 3,5% de desemprego| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

A queda do desemprego no Brasil na era Lula foi mais expressiva nas metrópoles que no resto do país, aponta uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV). Tomando por base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) no período de 2003 a 2008, o estudo conclui que a redução do desemprego foi de 2,6 pontos porcentuais no país, bem menor que os 5,3 pontos porcentuais apurados pela Pesquisa Mensal do Emprego (PME), que analisa apenas seis regiões metropolitanas.

Conduzido pelos economistas Fernando de Holanda Barbosa Filho e Samuel de Abreu Pessoa, o estudo desconsidera 2009, ano da crise, para evitar distorções. Os dados mostram que em 2002 o desemprego já era superior nas metrópoles – onde, portanto, havia mais espaço para uma queda, puxada pelo aquecimento da atividade econômica. Em 2003, a taxa de desemprego medida pela PME (que engloba Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador) era de 13%. Fora das regiões metropolitanas, ela era de 7,8% e, no país como um todo, de 9,1%. Passados cinco anos, em 2008, a distância entre a taxa nacional de desemprego e a das regiões metropolitanas já não era a mesma: 7,1% contra 7,7%.

Escolaridade

O crescimento da economia se refletiu numa redução generalizada do nível de desemprego, mas as metrópoles foram favorecidas por fatores variáveis como faixa etária e escolaridade. Um dos destaques é o processo de universalização da educação mais acelerado nessas áreas. Barbosa explica que o maior tempo de estudo reduz o peso relativo no mercado de trabalho dos mais jovens, grupo que, pela falta de experiência, apresenta desemprego mais elevado.

O maior tempo de permanência nas salas de aula também reduz o contingente de trabalhadores pouco qualificados, ajudando a reduzir a taxa de desemprego. "Acreditamos que esse efeito da educação continuará reduzindo o desemprego no longo prazo. E tende a ganhar força no interior se for aprimorado", avalia Barbosa.

O estudo também ressalta a grande diferença nas taxas de desemprego entre as regiões metropolitanas do país. Em 2008, Belo Horizonte e Porto Alegre apresentavam taxas de desemprego mais baixas – de 7% e 6,8%, respectivamente, contra 9% em São Paulo, 9,9% no Rio, 15,2% em Recife e 14,2% em Salvador.

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