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O presidente do Sindicado da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi), Joseph Couri, anunciou nesta segunda-feira que vai propor ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que seja enviado, em caráter de urgência ao Congresso, projeto de lei com uma profunda reforma sindical, que estimule a representatividade das instituições e o contrato coletivo de trabalho para o fim da contribuição sindical obrigatória. Ele vai sugerir a Lula que proponha essa reforma ao Congresso tão logo inicie seu novo mandato, em janeiro.

- Queremos uma reforma que acabe com os sindicatos de gaveta, que não representam nada nem a ninguém, servindo apenas de massa de manobra para interesses espúrios - afirmou Couri.

Constituído em 1989, logo após a promulgação da Constituição, o Simpi representa hoje cerca de 200 mil micro e pequenas indústrias paulistas, com menos de cinqüenta empregados cada, e recebeu o registro sindical do Ministério do Trabalho em janeiro do ano passado.

Para Couri, a reeleição de Lula propiciará ao país um sindicalismo novo e autêntico, "afastando-se do modelo fascista da Carta del Lavoro no qual se baseiam até hoje muitos sindicatos brasileiros". Ele sustenta que a entidade é exemplo de que os sindicatos podem sobrevier sem contribuições obrigatórias, o que ocorre desde sua fundação. Para ele, a contribuição sindical leva à acomodação e à falta de representatividade efetiva, como ocorre com diversos sindicatos patronais de indústria no país. Eliminada essa contribuição, todo o movimento sindical deverá rever suas estratégias de representatividade, na sua opinião.

Couri avalia que o primeiro governo do presidente Lula criou as bases para que o Brasil volte a crescer de forma sustentada nos próximos anos, tendo se empenhado, no aspecto macroeconômico, pela estabilidade, a geração de superávit comercial e a redução da taxa de juros. No novo mandato, a seu ver, os próximos passos devem ser na direção das diversas reformas, como a sindical, a tributária e também uma reforma na área política.

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