O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, defendeu nesta terça-feira (14) a interferência de uma arbitragem internacional para resolver os conflitos entre o governo do Equador e a construtora Norberto Odebrecht. "Numa disputa deste tipo, o lógico seria chamar uma arbitragem internacional. Faz uma arbitragem e quem tiver que pagar, paga", afirmou. Nesta tarde, o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, defendeu como solução um entendimento direto entre os presidentes dos dois países.
Miguel Jorge considerou estranha a atitude do governo equatoriano com a Odebrecht. Ele lembrou que a empresa está em Angola há mais de 20 anos, atua em outros países da África e agora está iniciando uma grande obra em Moçambique, e tem projetos em toda a América Latina. Além disso, vem executando as obras de ampliação do Aeroporto de Miami e de estradas na Flórida.
O ministro citou ainda o fato de no dia seguinte ao do anúncio da expulsão da Odebrecht o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ter afirmado que a empresa é amiga do seu país. E completou: "Será que todos os 30 países estão errados e só o Equador está certo? Será que a Odebrecht faz a coisa certa nos outros países e só não faz a coisa certa no Equador?
Sobre o anúncio da expulsão de Furnas do Equador, o ministro afirmou: "Nunca soube que Furnas tivesse uma estrutura lá".
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