Com o lema "não se brinca com a educação nem com a saúde", dezenas de milhares de pessoas protestaram em Madri contra as novas medidas de austeridade do governo, que pretende economizar 10 bilhões de euros nestes setores sensíveis.
"Os cortes na educação e na saúde são os últimos que podemos aguentar, a classe trabalhadora. Sem isto o que nos resta? Se não temos nem trabalho", afirma indignado Domingo Zamora, 60 anos, funcionário do setor público.
"Estão nos apertando até a asfixia", critica Pilar Logales, 60 anos.
"É criminoso cortar a saúde", "Povos da Europa, levantem-se", "NÃO": estes eram alguns dos cartazes exibidos pelos manifestantes.
Em Barcelona, 4.000 pessoas, segundo os sindicatos, se reuniram para protestar pelos mesmos motivos no centro da cidade.
"Não é crise, é intervenção" e "Não são reformas, é um saque", afirmam algumas faixas.
Para tentar reduzir o déficit, o governo conservador espanhol aprovou em 20 de abril um plano de austeridade que afeta os setores muito sensíveis da Saúde e da Educação, administrados na Espanha pelas 17 comunidades autônomas.
O país pretende assim poupar 10 bilhões de euros por ano.
A Espanha tem 12 meses para reduzir em mais de três pontos seu déficit, de 8,51% a 5,3% do PIB, e anunciou o orçamento mais austero de sua história, para recuperar 27,3 bilhões de euros.
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