Washington - O governo americano quer criar um novo comando militar para combater a pirataria na informática, revelou na quarta-feira à agência de notícias AFP um alto funcionário do Pentágono. Esta iniciativa, que será anunciada oficialmente nas próximas semanas, integrará uma série de medidas estudadas pela Casa Branca para melhorar a "cibersegurança" dos Estados Unidos.
Este "cibercomando" seria subordinado ao Comando Estratégico Americano (Stratcom), que já dirige os esforços dos Pentágono para preservar a integridade das redes informáticas militares, destacou. O anúncio acontece em meio ao aumento do número de ataques às redes americanas perpetrados por talentosos "hackers", em maioria chineses e russos.
Segundo um relatório recente do Pentágono, a guerra cibernética é uma das prioridades de Pequim, e muitas das intrusões nas redes de computadores dos governos americano e de outros países "parecem ser procedentes" da China. "O número de tentativas de intrusão dobrou recentemente", afirmou na semana passada um porta-voz do Pentágono. O departamento da Defesa americano gastou mais de 100 milhões de dólares nos seis últimos meses para consertar os danos provocados pelos ataques de piratas.
De acordo com o Wall Street Journal, hackers conseguiram entrar no programa de armamento mais caro do Pentágono, o projeto de caças F-35. No entanto, não conseguiram acessar nenhuma informação secreta. Segundo o jornal, hackers chineses e russos invadiram a rede elétrica americana diversas vezes no ano passado. O secretário americano da Defesa, Robert Gates, recomendou recentemente formar 250 "ciberespecialistas" por ano, em vez dos 80 atuais.
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