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“O valor de R$ 510, embora tenha um impacto maior nas nossas contas, resolve o problema do saque no caixa eletrônico. A diferença entre os R$ 507 do orçamento e os R$ 510 terá um impacto de R$ 600 milhões nas contas públicas.”
Paulo Bernardo, ministro do Planejamento | Marcello Casal/ABr
“O valor de R$ 510, embora tenha um impacto maior nas nossas contas, resolve o problema do saque no caixa eletrônico. A diferença entre os R$ 507 do orçamento e os R$ 510 terá um impacto de R$ 600 milhões nas contas públicas.” Paulo Bernardo, ministro do Planejamento| Foto: Marcello Casal/ABr

Paraná

Piso regional sobe em maio

O governo do estado está fazendo os estudos que levarão ao reajuste do salário mínimo regional em maio. Na semana que vem, o secretário do Planejamento, Ênio Verri, fará a primeira reunião com o governador Roberto Requião para discutir o assunto. Segundo Verri, um dos objetivos é criar um modelo de correção que será repetido no futuro, assim como ocorre na esfera federal – que soma a inflação do ano anterior à aplicação do mínimo e a variação do PIB de dois anos antes. No Paraná, o piso regional tem seis faixas e varia de R$ 605 a R$ 629. Em 2009, a correção foi de 14,9%, porcentual que levou em conta a inflação, mais o aumento sobre o salário médio de admissão no estado, calculado com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). "Ainda não sabemos se essa fórmula pode ser repetida. Queremos uma metodologia única, que seja usada todos os anos", explica Verri.

Guido Orgis

  • Confira: o salário mínimo vem sendo corrigido acima da inflação

O governo federal bateu o martelo sobre o novo valor do salário mínimo: R$ 510. O piso entra em vigor em 1º de janeiro de 2010, será definido por medida provisória e é maior do que os R$ 507 previstos na proposta de orçamento encaminhada ao Congresso.A elevação do mínimo em R$ 45 embute um reajuste real de cerca de 6% e faz com que o piso fique próximo de seu maior poder de compra em 24 anos, segundo um cálculo do Dieese. Ao bater em R$ 510, o mínimo chega perto dos R$ 520 que valia em 1986. Naquela época, o Plano Cruzado, introduzido pelo governo Sarney, controlou temporariamente a hiperinflação e concedeu abono ao salário mínimo. Em seguida, porém, o fracasso em segurar a inflação levaram-no, em 1995, ao seu menor valor real, equivalente hoje a apenas R$ 251.Caixas eletrônicos

O novo valor foi fechado em uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Um dos fatores que levaram à elevação acima do proposto no orçamento foi de ordem operacional. A maioria dos aposentados recebe seus benefícios com cartões magnéticos e precisa sacar o dinheiro em caixas eletrônicos, onde é difícil encontrar notas de R$ 2.

"O valor de R$ 510, embora tenha um impacto maior nas nossas contas, resolve o problema do saque", disse Bernardo. Segundo ele, a diferença entre os R$ 507 propostos no orçamento e os R$ 510 terá um impacto adicional de R$ 600 milhões nas contas da Previdência. Ele garantiu, porém, que o governo tem recursos para pagar essa diferença. "Fizemos ajustes e o relator do orçamento contribuiu com isso", afirmou.Compensação

Para o técnico do Dieese José Silvestre o arredondamento pode ter sido motivado pela perspectiva de crescimento zero do PIB neste ano. "Como o aumento real é calculado a partir da inflação do ano anterior e do PIB de dois anos atrás, em 2011 o ganho será praticamente nulo. O acréscimo de R$ 3 pode ser uma tentativa de compensação", diz.

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A política de reajuste do mínimo vale a pena, mesmo com o déficit da Previdência?

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