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O Ministério de Minas e Energia informou nesta quinta-feira (10) que há "risco zero" de desabastecimento de energia nas regiões Sudeste/Centro-Oeste neste ano. Em comparação com o mês anterior, quando o governo também divulgou uma previsão para a situação elétrica dessas regiões, houve melhora.

Até o início de junho, esse risco estava medido em 2,5%, percentual também abaixo do risco de déficit máximo estabelecido pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), que limita em 5%. No Nordeste, a previsão se mantém estável, também sem nenhuma possibilidade de desabastecimento até o fim de 2014. Essas três regiões são as mais importantes para o abastecimento de energia do país.

O ministério não divulgou porcentual de risco para a região Sul. Essa é, no entanto, a região onde há maior nível de abastecimento nos reservatórios das hidrelétricas.

O próprio Ministério de Minas e Energia reforçou que o aumento da temperatura do Oceano Pacífico e os ventos baixos observados no período indicam estabelecimento do fenômeno El Niño "de intensidade moderada", o que fará com que siga ocorrendo precipitações na região com valores normais ou acima da média histórica.

A região Norte, que também contribui pouco para a geração de energia do país, apresenta reservatórios praticamente cheios, em 90,4% de sua capacidade. No Sudeste/Centro-Oeste e no Nordeste, onde o governo diz haver risco zero de desabastecimento, esses reservatórios estão consideravelmente mais baixos. Com 35,6% e 35,3%, respectivamente, de sua capacidade preenchida.

Longo prazo

As avaliações de longo prazo feitas pelo governo mantêm as mesmas previsões anunciadas há um mês. O que significa que, considerando o período de 2015 a 2018, o risco de déficit para as regiões Sudeste/Centro-Oeste permanece em 4%.

Já na região Nordeste, no mesmo período, a previsão de déficit ficou estável em 0,4%. As informações foram divulgadas, por meio de nota, durante a reunião do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico), que mensalmente reúne os principais técnicos do governo para o setor.

Usinas térmicas

Novamente o governo optou por permanecer com praticamente todas as usinas térmicas acionadas. Não há no texto divulgado qualquer menção a um possível desligamento.

Essas geradoras de energia, mais caras e poluentes, estão sendo usadas desde o início do ano como forma de complementar a geração das usinas hidrelétricas que apresentam baixo nível de reservatórios. A necessidade surgiu diante da forte seca, que prejudicou o reabastecimento dos reservatórios.

O CMSE destacou ainda que "continuará monitorando as condições de abastecimento e atendimento ao mercado de energia elétrica do país".

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